Com cerca de 300 mil motoristas e 14 milhões de usuários registrados em mais de 500 cidades brasileiras, a 99 Taxi, uma start up pioneira no Brasil, viveu um dia histórico no início de janeiro passado ao ter completada sua aquisição pela DiDi, gigante chinesa de e-hailing, o processo de solicitação de meios de transporte por aplicativos. “A DiDi e a 99, duas jovens empresas fundadas em 2012, irão, juntas, conseguir grandes feitos”, afirmou Cheng Wei, fundador e presidente da companhia chinesa.
Os clientes da 99 foram informados que “a partir de agora, poderão obter ainda mais benefícios em usar a 99, pois teremos mais tecnologia e mais recursos financeiros para oferecer um serviço cada vez melhor”.
A DiDi, que havia inicialmente comprado 10% da companhia brasileira no ano passado, “enviou engenheiros e técnicos para o Brasil para trabalhar com os colegas da 99, com o objetivo de aprimorar os produtos, serviços e operações da empresa brasileira”, afirmou Gu Tao, vice-presidente da DiDi e diretor de operações para a América Latina. Tao imagina poder contribuir com a melhoria na mobilidade de grandes cidades brasileiras. “Esperamos que as tecnologias para o transporte inteligente, tais como semáforos inteligentes e faixas rodoviárias reversíveis, que foram já usadas com sucesso em mais de 20 cidades chinesas, possam ajudar a resolver os problemas em grandes cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro”, assinalou.
Mateus Moraes, diretor de políticas e comunicação da 99, considera a aquisição um reflexo da cooperação internacional numa nova era. “Somos agora uma empresa global. Partilhamos os mesmos objetivos, os mesmos critérios e a mesma missão. Estamos extremamente confiantes de que iremos conseguir grandes resultados juntos”, afirmou.
A Cabify, um competidor global espanhol, que no ano passado adquiriu as operações da Easy Taxi no Brasil, acredita que a fusão entre a 99 e a DiDi irá beneficiar o setor, em termos gerais.
Daniel Bedoya, líder da Cabify no Brasil, afirmou que a “aquisição da 99 por uma empresa chinesa quebra o domínio de mercado da Uber. Representa a consolidação do setor, garantindo uma atmosfera mais equitativa para a competição e mais opções para os clientes”.
Bedoya referiu também que as empresas do setor não devem competir no preço, mas na qualidade do serviço, para garantir aos usuários viagens mais confortáveis e uma maior conveniência.
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