Um ano de bons frutos para a diplomacia chinesa

Em 2016 a China estreitou seus laços com o mundo ao estabelecer várias modalidades de parceria com mais de 80 países, regiões e organizações

situação internacional em 2016 foi marcada por uma série de grandes e profundas transformações, decorrentes de fatores geopolíticos complexos, combinados com conflitos, distúrbios e áreas de tensão regionais e desafios globais, especialmente as crises dos refugiados e o terrorismo. O ethos ideológico global também entrou em uma fase proativa este ano, e o adiamento da recuperação da economia mundial, a relativa apatia do comércio internacional e dos investimentos e a ascensão do protecionismo foram obstáculos ao desenvolvimento das economias de mercado emergentes.

A tendência, no entanto, mostra que a ordem internacional está se encaminhando de maneira consistente para a paz e o desenvolvimento. Uma nova etapa da revolução tecnológica e industrial engendrou laços mais fortes entre diversos países do mundo, fazendo com que o destino da Humanidade esteja mais estreitamente ligado do que nunca.

Transformar a governança global

A diplomacia chinesa em 2016 apresentou propostas e esquemas amplos e de longo alcance em áreas globais, relacionados com política, economia e segurança. A China se tornou uma força dominante na evolução das relações internacionais. O país tem contribuído com sua sabedoria nativa e desempenhado um papel importante em salvaguardar a paz mundial e em favorecer o desenvolvimento global. Mais países hoje reconhecem a abrangente e profunda inovação da teoria diplomática chinesa, introduzindo a cooperação ganha-ganha na essência das relações internacionais; além disso, seu conceito de construir uma comunidade mundial de destino comum vai aos poucos ganhando maior aceitação global. A China propõe estabelecer uma parceria igualitária, pacífica e inclusiva que dê sustentação à justiça, e de modo colaborativo constrói uma rede de segurança; uma rede que avance em direção a um desenvolvimento aberto, inovador e mutuamente benéfico e que se esforce para promover intercâmbios entre diferentes civilizações e incentive o respeito por um ecossistema natural e verde. A diplomacia da China é orientada por esses importantes conceitos.

A bem-sucedida reunião da Cúpula do G20 em Hangzhou, China, em setembro de 2016, mostrou a combinação de sabedoria chinesa e governança global, e também a prática concreta da filosofia chinesa de governança global. O presidente chinês Xi Jinping fez uma explanação geral da visão chinesa sobre a governança econômica global, que tem por fundamento a igualdade, como orientação a abertura, como força impulsionadora a cooperação, e como meta o compartilhamento. Com isso, será possível implantar conjuntamente um padrão de governança financeira global justo e eficiente: um modo aberto e transparente de regulação do comércio e do investimento global, controles globais de energia verdes e com baixa emissão de carbono, e uma governança do desenvolvimento global inclusiva e interligada. A cúpula abriu novos caminhos e expandiu as fronteiras econômicas mundiais, construiu novos mecanismos e alcançou um consenso sobre a cooperação internacional, promovendo maior abertura e integração da economia global. Consequentemente, constituiu um marco na História do desenvolvimento do G20.

Apoio aos países em desenvolvimento

Um país deve ter a moralidade e não o lucro como seu principal interesse. Desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) em 2012, o Comitê Central do partido, com seu secretário-geral Xi Jinping em seu núcleo, tem cumprido a tendência de paz, desenvolvimento e cooperação ganha-ganha. Herdando a refinada tradição da esplêndida cultura e da diplomacia chinesa, o Comitê Central acredita que a diplomacia da China está insistindo na visão correta: a de ser motivada pela moralidade e não pelo lucro.

No contexto de uma globalização vacilante e da lenta recuperação da economia mundial, o foco da China está no desenvolvimento como a chave para resolver os problemas internacionais, abrindo espaço para a coragem e o senso de responsabilidade do país. A China irá perseguir de maneira inabalável o desenvolvimento pacífico e se ater a uma política aberta de benefício mútuo e de resultados ganha-ganha, e por meio disso o desenvolvimento do país também irá abrir oportunidades para o mundo.

Em setembro de 2016, o premiê chinês Li Keqiang fez um discurso na sede da ONU em Nova York, detalhando o conceito de desenvolvimento chinês, baseado em cooperação e benefício mútuos. O premiê reafirmou a promessa da China de cumprir a Agenda 2030 da ONU de Desenvolvimento Sustentável, destacando a vontade e determinação do país de trabalhar com outros países para levar essa agenda adiante. Além disso, Li enfatizou que o desenvolvimento é o alicerce do desenvolvimento sustentável, que consiste em um desenvolvimento harmonioso, econômico, social e ambiental. Portanto, o desenvolvimento sustentável aberto, interligado e inclusivo deve ser um empreendimento mundial conjunto.

O premiê Li destacou que eliminar a pobreza e a fome é a prioridade máxima. Isso dá ensejo, especificamente, à erradicação em nível mundial de todos os graus de pobreza e fome até 2030, à obtenção de segurança alimentar, de melhores padrões nutricionais e à promoção de uma agricultura sustentável. A China se dispõe a trabalhar com outros países para alcançar essas metas, se possível antes de 2030.

Como país em desenvolvimento responsável, a China é proativa quanto à cooperação internacional e defende que a ONU assuma um papel mais significativo na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O país tem também reiterado com frequência sua disposição de investir mais na Cooperação Sul-Sul e compartilhar sua experiência de desenvolvimento e oportunidades com outros países.

Tornar-se global

A iniciativa Um Cinturão, Uma Rota foi proposta em 2014. Ao longo dos três anos seguintes, a China procedeu seguindo o princípio de alcançar um crescimento compartilhado, por meio de discussão e colaboração. Assim, o desenvolvimento da China está intimamente integrado ao de outros países que compõem essa rota, onde o conceito de cooperação desfruta de apoio popular. O Espírito da Rota da Seda – isto é, paz e cooperação, abertura e inclusividade, aprendizagem e benefício mútuo – fundiu-se com as novas relações internacionais defendidas pela China – baseadas em igualdade, benefício mútuo e cooperação ganha-ganha. A China está comprometida em construir uma comunidade de destino e interesses comuns com os países ao longo dessas rotas. Tal conceito tem amplo apoio na comunidade internacional e já está rendendo frutos.

Primeiro, o plano inicial foi desenhado. Mais de 70 países e organizações internacionais e regionais expressaram sua disposição de apoiar e participar da Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota. Outros 34 países e organizações internacionais assinaram acordos de cooperação intergovernamental com a China.

A China defende que a ONU assuma um papel mais  decisivo na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Primeiro, o plano inicial foi desenhado. Mais de 70 países e organizações internacionais e regionais expressaram sua disposição de apoiar e participar da Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota. Outros 34 países e organizações internacionais assinaram acordos de cooperação intergovernamental com a China.

Segundo, a conectividade está aos poucos tomando forma. A Ferrovia Hungria-Sérvia e a Ferrovia Jacarta- Bandung entraram em operação, e a construção de ferrovias ligando a China ao Laos, e a China à Tailândia já foi iniciada. A construção de várias rodovias expressas está sendo energicamente promovida, e os preparativos para uma conectividade marítima estão em andamento. A normalização dos trens entre a China e a Europa foi concluída, e a rede de conexões por terra, mar e ar na Eurásia está fortalecida.

Terceiro, a cooperação em capacidade produtiva vem se expandindo. A China assinou importantes acordos com 20 países, e uma série de grandes projetos vem mostrando resultados gratificantes em vários países. A China alocou mais de US$ 100 bilhões a um fundo de cooperação em capacidade produtiva. Os 52 projetos em estágio inicial existentes entre a China e o Cazaquistão, com investimento total de US$ 27 bilhões, dão ensejo ao papel dual de iniciar um novo padrão de cooperação internacional em capacidade produtiva e de propiciar um efeito vital de demonstração.

Quarto, foram feitos grandes avanços em mecanismos de inovação. Entre eles a criação do AIIB – Asian Infrastructure Investment Bank (Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura), e o lançamento do primeiro lote de projetos do Fundo de Investimentos da Rota da Seda, e de fundos de cooperação financeira entre países ao longo da rota. A China construiu um total de 46 áreas de cooperação externa com 17 países. Em 2015, o volume de negócios bilaterais entre a China e países da rota ultrapassou US$ 1 trilhão.

Quinto, os intercâmbios pessoa-pessoa se tornaram ainda mais frequentes e complexos. Trechos da Rota da Seda foram listados como Patrimônio da Humanidade, e a solicitação feita a esse respeito para a Rota Marítima da Seda está em processo. A Primeira Exposição Cultural Internacional da Rota da Seda teve lugar em Dunhuang, Província de Gansu, em 2016. As realizações que resultam de cooperação humana e cultural têm injetado uma vitalidade duradoura na construção do Cinturão e Rota. Mais países e seus povos estão se tornando conscientes das  oportunidades que o projeto representa para o mundo.

Conforme avança a construção em profundidade do Cinturão e Rota, o desenvolvimento e a prosperidade conjuntos dos países ao longo da rota vêm se tornando cada vez mais manifestos.

Cooperação ganha-ganha

Em 2016, a ambiciosa proposta da China de construir uma comunidade de destino humano contou com apoio popular, e os esforços diplomáticos de construir uma rede de parcerias fizeram novos progressos. Com base na plena cobertura diplomática ao longo dos últimos anos, a diplomacia chinesa fortaleceu as relações do país ao estabelecer parcerias de diversos tipos com mais de 80 países, regiões e organizações. A China tem feito grandes esforços para construir uma estrutura de relações estável e equilibrada com os grandes países. Seguindo os princípios da amizade, sinceridade e inclusividade, a conduta do país, de exercer a diplomacia com seus vizinhos, abriu caminho para uma cooperação regional em larga escala, fortalecendo e ampliando a solidariedade, e elevando a um novo nível a cooperação com os países em desenvolvimento.

A China é pioneira e praticante de um novo tipo de relações internacionais. A sabedoria chinesa, adotada em esforços para resolver questões sensíveis regionais e internacionais e complexos desafios globais, é amplamente elogiada na comunidade internacional. Ao participar da cooperação internacional antiterror, promover a rede de segurança e lidar com a mudança climática, a China tem contribuído de modo significativo para manter a paz e a segurança globais, e desse modo tem feito jus à sua imagem de grande potência responsável.

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