Na ocasião da segunda reunião ministerial do Fórum China-CELAC, o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, publicou no Jornal Globo o artigo intitulado “Tempo de maior parceria”. Veja a íntegra do texto.
Na segunda-feira, terá lugar em Santiago do Chile a 2ª Reunião Ministerial do Fórum China-Celac. Será uma implementação da Diplomacia de Grande País com Caraterísticas Chinesas voltada para a América Latina e o Caribe, após o 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, e a inauguração de uma nova era no relacionamento China-América Latina e Caribe.
Criado em 2014, o Fórum China-Celac já realizou 17 eventos de sub-fóruns, abrangendo mais de dez áreas. A parte chinesa tem implementado o pacote de financiamentos que já beneficiou mais de 80 programas na região. Convidou mais de 800 líderes políticos e mais de 200 jovens líderes da região a visitar a China, e ofereceu cerca de quatro mil vagas de formação.
A Diplomacia de Grande País com Caraterísticas Chinesas na Nova Era vai dedicar-se à promoção do estabelecimento de um novo modelo das relações internacionais e uma comunidade de destino comum da humanidade. A trajetória das relações China-América Latina e Caribe é uma demonstração dos esforços para implementar essa visão pelo Comitê Central do Partido Comunista da China, que tem o camarada Xi Jinping como núcleo.
Estamos comprometidos com respeito mútuo e desenvolvimento pacífico. Juntos, o presidente Xi Jinping e os dirigentes da região definiram a Parceria de Cooperação Abrangente China-América Latina e Caribe, arquitetaram a estrutura de “quinteto” das suas relações. A China lançou o 2º Documento sobre a Política da China para a América Latina e o Caribe. O consenso entre a China e a região nos temas da governança global tem aumentado.
Estamos comprometidos com ganhos compartilhados. Empresas chinesas participaram ativamente dos grandes projetos, ajudando os países da região a superar os gargalos de desenvolvimento. O comércio entre a China e a América Latina e o Caribe registra uma pauta cada vez mais aprimorada. Há mais de duas mil empresas chinesas na região, que já é o segundo maior destino do investimento chinês.
Estamos comprometidos com abertura e inclusão na promoção de intercâmbios entre as civilizações. A China estabeleceu 36 Institutos Confúcio e 11 Salas de Aula Confúcio em 16 países da América Latina e do Caribe, e instalou o primeiro Centro Cultural da China na Cidade do México.
Estamos comprometidos em ter o povo no centro. Busca de desenvolvimento e felicidade do povo são sonhos comuns dos dois lados. As duas partes trocam experiências sobre a governança, aprendendo um com outro, sobretudo em áreas como social, capacidade de governança, serviço público etc.
Em 2013, o presidente Xi Jinping propôs a iniciativa Um Cinturão e Uma Rota, que tem sido mudada gradualmente de uma perspectiva para uma realidade. A América Latina e o Caribe eram uma extensão natural da antiga Rota da Seda Marítima e são agora participantes indispensáveis da construção de Um Cinturão e Uma Rota. Esperamos que na construção conjunta desta iniciativa pela China e a região:
Seja criada uma maior sinergia estratégica. Vamos promover a assinatura de mais atos de cooperação no âmbito de Um Cinturão e Uma Rota entre a China e os países da América Latina e do Caribe, e materializar a complementaridade das vantagens.
Seja promovida a cooperação substancial. Vamos impulsionar a conectividade de infraestruturas, maiores fluxos comerciais, abertura das economias e a conectividade financeira. Os países da América Latina e do Caribe são bem-vindos a participar da Expo Internacional de Importação da China.
Seja consolidada a base popular da cooperação. Vamos enriquecer ainda mais o intercâmbio cultural e humanístico, de modo a aumentar o conhecimento mútuo e a amizade entre os dois lados, para que os povos sejam participantes e beneficiados principais dessa cooperação.
Seja a cooperação China-América Latina e Caribe um novo paradigma de cooperação Sul-Sul. A China e a América Latina e o Caribe vão reforçar a coordenação nos assuntos internacionais e regionais, salvaguardar os interesses comuns dos países em desenvolvimento e promover a evolução do sistema de governança global rumo a uma direção mais justa e razoável.
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