A inteligência artificial (IA) foi um dos principais temas das “duas sessões” da China deste ano, impulsionada pelo crescimento da startup chinesa DeepSeek e pelo avanço da IA generativa. O debate se concentrou na integração da tecnologia ao desenvolvimento nacional, na regulamentação para evitar abusos e no impacto da automação sobre o mercado de trabalho.
Wu Qing, presidente da Comissão Reguladora de Valores da China, destacou a DeepSeek como um fator de reavaliação dos ativos chineses, enquanto o governo enfatizou a necessidade de desenvolver modelos de IA de larga escala e aplicações industriais. A inclusão do termo “IA incorporada” no relatório de trabalho do governo reflete a crescente importância da tecnologia, especialmente em setores como robótica.
O avanço da IA também trouxe desafios regulatórios. Legisladores pedem mais controle sobre deepfakes e clonagem de voz, após golpes que usaram imagens geradas por IA de celebridades. Deputados como Lei Jun, fundador da Xiaomi, sugerem maior autodisciplina da indústria e uma lei específica para o setor. Além disso, há preocupação com a substituição do trabalho humano pela IA. He Guanghua, legisladora da State Grid, defendeu o equilíbrio entre automação e pesquisa de campo.
Empresas chinesas aceleram a adoção da IA generativa, segundo um relatório da Accenture, com 87% planejando aumentar investimentos no setor em 2025. O país já conta com mais de 4,5 mil empresas de IA e 230 milhões de usuários de produtos de IA generativa, consolidando sua posição como um dos principais polos globais da tecnologia.
Sem Comentários ainda!