Expectativa de vida cai nos EUA, alerta jornal

Texto aponta que causas da queda vão além dos casos de Covid-19

Um artigo publicado pelo jornal The Washington Post apontou as dificuldades que os EUA vem enfrentendo em relação à expectativa de vida do país, que já sofria quedas antes mesmo do início da pandemia de Covid-19.

Um relatório divulgado por um comitê convocado pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Instituto de Medicina mostrou que os Estados Unidos tinham a menor expectativa de vida entre os países pares e maiores taxas de morbidade e mortalidade por dezenas de causas. A disparidade vinha crescendo desde a década de 1950, segundo algumas medidas, e era generalizada – afetando diferentes partes da população.

Nos anos anteriores à pandemia, à medida que a expectativa de vida continuava a aumentar em outros países, nos Estados Unidos, estagnou e depois diminuiu por três anos consecutivos. Os pesquisadores identificaram um motivo principal: a mortalidade na meia-idade (25 a 64 anos) estava aumentando, sendo overdoses de drogas, uso de álcool, suicídios e doenças cardiometabólicas obesidade e diabetes, por exemplo, como principais causas.

Com a chegada da pandemia, em 2020, a antiga desvantagem sanitária dos EUA só se agravou. Em 2020 e 2021, as mortes nos EUA foram as mais altas de qualquer país e entre as mais altas per capita. “Comportamentos de saúde, como a resistência a máscaras e vacinas, facilitaram a transmissão viral e limitaram a absorção de vacinas; os serviços de saúde pública estavam despreparados e rapidamente sobrecarregados; as condições socioeconômicas se deterioraram ainda mais, especialmente para os americanos mais pobres, à medida que a economia implodia; aspectos do ambiente físico potencializaram a exposição viral; e a resposta política à pandemia foi profundamente falha e altamente politizada”, diz o texto.

 

 

 

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