O Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), da ONU, prevê que a economia mundial crescerá 5,4% em 2021, em vez dos 4,7% previstos em janeiro. Após uma forte contração de 3,6% em 2020, a economia mundial retornará ao território positivo, já que as duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, registrarão um crescimento impressionante, de acordo com as projeções divulgadas nesta semana.
Embora as perspectivas de crescimento global tenham melhorado, o aumento das infecções por Covid-19 e o progresso inadequado da vacinação em muitos países ameaçam uma recuperação ampla da economia mundial, alertou o relatório.
Para muitos países em desenvolvimento, a produção econômica só deve retornar aos níveis anteriores à pandemia em 2022 ou 2023, de acordo com o relatório. “A desigualdade de vacinas entre países e regiões representa um risco significativo para uma recuperação global já desigual e frágil”, disse o economista-chefe da ONU, Elliott Harris, em um comunicado à imprensa.
O relatório também destacou o impacto desproporcional do Covid-19 no que diz respeito às mulheres. A pandemia levou cerca de 114,4 milhões de pessoas à pobreza extrema, das quais 57,8 milhões são mulheres e meninas.
A saúde da mulher e a saúde reprodutiva sofreram golpes massivos: a gravidez indesejada aumentou, a maternidade foi adiada e a educação interrompida, minando significativamente o progresso em direção à igualdade de gênero.
Esses impactos severos e desproporcionais sobre mulheres e meninas exigem políticas e medidas de apoio mais direcionadas, não apenas para acelerar a recuperação, mas também para garantir que a recuperação seja inclusiva e resiliente, segundo o relatório.
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