O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antonio Chamon. (Valter Campanato/Agência Brasil)

Presidente da Agência Espacial Brasileira elogia cooperação entre China e Brasil

Marco Antônio Chamon participou de Fórum de Cooperação Espacial, em Wuhan

A cooperação na área espacial é fundamental para o futuro da América Latina, e a China é um parceiro importante nisso, disse Marco Antônio Chamon, presidente da Agência Espacial Brasileira, durante o Fórum de Cooperação Espacial entre a China e os Países da América Latina e o Caribe, aberto em Wuhan.

Na opinião de Chamon, os avanços da China nos últimos anos são impressionantes, chamando atenção principalmente às conquistas na exploração do espaço exterior. Para o Brasil, Chamon destacou dois pontos importantes: a evolução da capacidade de lançamento, com equipamentos maiores e mais potentes; e os avanços na área de observação da Terra, particularmente por radar.

A China e o Brasil têm uma história de mais de 30 anos de cooperação espacial, que vão além do conhecido programa CBERS de satélites de recursos terrestres. Chamon citou, por exemplo, o laboratório conjunto de estudos sobre clima espacial e o telescópio BINGO para estudos de cosmologia.

O representante da Agência Espacial Brasileira manifestou que a América Latina, assim como todas as regiões do mundo, depende hoje e dependerá ainda mais no futuro de informações obtidas a partir do espaço. Mais do que áreas de conhecimento ou de aplicações, como ciências, telecomunicações ou defesa, o espaço terá contribuição significativa para desafios globais como mudanças climáticas ou poluição plástica no mar.

Esses desafios são interdisciplinares, envolvendo várias áreas de conhecimento e afetando diferentes aspectos da sociedade, e nenhum país poderá resolvê-los isoladamente, disse ele.

Chamon mostrou a confiança no futuro da cooperação espacial entre a China e o Brasil. “Estamos trabalhando juntos em um satélite de imageamento utilizando tecnologia radar que, para nós, é muito importante como informação complementar aos satélites ópticos que já temos em nossa parceria. A relação com a China é uma relação de longo prazo, frutífera e bem-sucedida, e acredito que ainda avançaremos muito na direção de outros satélites e outras tecnologias.”

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