O PCCh aos olhos da juventude estrangeira

Shaanxi recebe evento de intercâmbio cultural internacional

Por Filipe Porto

No dia 3 de junho, Shaanxi foi palco do evento “Perspectivas da Juventude Internacional sobre o Partido Comunista da China”. Promovido pelo Escritório de Publicações em Línguas Estrangeiras da China e pelo Gabinete de Informação do Governo Provincial de Shaanxi, o encontro reuniu 18 jovens de 17 países, entre eles Tailândia, Malásia, Itália, França e Brasil. Organizado para proporcionar uma visão autêntica do desenvolvimento chinês, os visitantes exploraram as conquistas do Partido Comunista da China e a modernização do país na província de Shaanxi.

Vivenciando a cultura local em Xi’an –Em Xi’an, a delegação visitou a comunidade Rongchuang Longfu, onde conheceram as práticas de governança comunitária e participaram das celebrações do Festival do Barco-Dragão. Haroon, doutorando afegão da Universidade Jiao Tong de Shanghai, expressou seu entusiasmo: “Gosto muito dessas atividades folclóricas. Com a ajuda dos moradores, fiz um barco-dragão de bambu, que levarei como lembrança deste evento.”

Outro destaque foi a Rua Cultural “O Dia Mais Longo em Chang’an”, que oferece uma experiência imersiva na cultura da Dinastia Tang. Rukhman, professor turcomeno da Universidade de Petróleo da China (Pequim), fi cou impressionado com a preservação e promoção da cultura tradicional chinesa. “A modernização chinesa não pode ser dissociada da herança cultural. A nova vitalidade da cultura chinesa é impressionante”, afi rmou.

Iniciativa Cinturão e Rota em Foco – Os jovens visitaram o Centro de Consolidação de Trens de Carga China-Europa em Xi’an, onde conheceram as  práticas da Iniciativa Cinturão e Rota. Pedro Steenhagen, doutorando brasileiro da Universidade de Fudan, comentou sobre a internacionalização das cidades chinesas: “Esses locais são janelas para entender a conexão entre cidades chinesas e a Iniciativa Cinturão e Rota. A abertura das administrações locais é crucial nas relações internacionais.”

Explorando o patrimônio histórico – No Museu do Mausoléu do Imperador Qin Shi Huang, a delegação aprendeu sobre a proteção do patrimônio cultural. Abdoukhmane Diouf, conselheiro da embaixada do Senegal na China, elogiou a abordagem científi ca da China: “A modernização da China está baseada em uma civilização profunda. Os soldados de terracota me deram uma compreensão mais profunda da civilização chinesa.”

Em Yan’an, os jovens visitaram locais históricos como o Museu da Revolução de Yan’an e a vila de Nangou. Alain, professor associado da Universidade de Pan-Africanismo da Costa do Marfi m, destacou a dedicação do Partido Comunista da China ao povo: “Vou levar de volta ao meu país a experiência de como o Partido Comunista da China tornou a população próspera.”

Em Liangjiahe, os visitantes aprenderam sobre a luta árdua dos líderes chineses no passado. Matthieu, mestrando francês da Universidade de Fudan, destacou a capacidade dos líderes chineses de aprender com o passado para criar um futuro melhor.

Dong Yan, vice-diretor do Centro de Desenvolvimento da Comunicação Internacional, enfatizou a importância do evento para promover o intercâmbio cultural e a compreensão mútua. Durante o encontro “Noite na Colina Pagoda”, representantes dos jovens internacionais discutiram temas como “Herança e Inovação da Cultura Tradicional Chinesa” e “Inovação Tecnológica na Revitalização Rural”, fortalecendo ainda mais os laços entre as diferentes civilizações. O evento em Shaanxi demonstrou como o Partido Comunista da China está comprometido com o desenvolvimento inclusivo e a promoção cultural, deixando uma impressão duradoura nos jovens participantes.

A participação de brasileiros, como o brasileiro que aqui vos escreve e também de Pedro, anteriormente mencionado, é especialmente signifi cativa neste ano, em que se celebram os 50 anos das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Esta presença não só fortalece os laços culturais e diplomáticos entre os dois países, como também oferece uma plataforma para a troca de conhecimentos e experiências, contribuindo para um entendimento mais profundo e abrangente da China contemporânea. Além disso, simboliza a continuidade e o fortalecimento da cooperação diplomática estabelecida há meio século. Ao participar de tais eventos, tivemos a oportunidade de conhecer em primeira mão as políticas, a cultura e as inovações chinesas, o que facilita um diálogo mais produtivo e compreensivo entre as duas nações.

Por meio da atividade, sinto que podemos levar de volta ao Brasil uma compreensão mais profunda e nuançada do da China, contribuindo para a construção de narrativas mais precisas e equilibradas sobre a China. Isso é crucial para combater estereótipos e promover uma cooperação mais justa e eficiente em futuras parcerias econômicas e políticas.

A celebração dos 50 anos de relações diplomáticas é uma oportunidade para refl etir sobre as conquistas passadas e planejar futuras colaborações. A participação dos brasileiros nesse evento simboliza o compromisso contínuo com o fortalecimento dessas relações e a intenção de explorar novas áreas de cooperação. É uma forma de honrar o legado das relações bilaterais e de olhar para o futuro com esperança e determinação.

Não somente celebramos as cinco décadas de relações diplomáticas, mas também estamos participando da construção do caminho para um futuro de colaboração ainda mais estreita e frutífera entre China e Brasil.

Este texto foi publicado originalmente na revista China Hoje. Clique aqui, inscreva-se na nossa comunidade, receba gratuitamente uma assinatura digital e tenha acesso ao conteúdo completo.

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