A Luckin Coffee, maior rede de cafeterias da China em número de lojas, e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) assinaram no dia 19 de novembro, em Brasília, um novo acordo para a compra de café em grãos do Brasil.
O contrato prevê a aquisição de 120 mil toneladas adicionais de café brasileiro, além das 120 mil toneladas acordadas em junho deste ano. No total, a Luckin Coffee planeja importar 240 mil toneladas entre 2025 e 2029, um investimento avaliado em cerca de 10 bilhões de yuans.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou a relevância do acordo durante a cerimônia, mencionando os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. “A China é nosso maior parceiro comercial há 15 anos consecutivos. A alta qualidade do café brasileiro, somada à crescente demanda chinesa, torna essa parceria extremamente promissora para ambos os lados”, afirmou ele.
Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, também celebrou a colaboração: “Essa iniciativa não apenas fortalece os laços entre Brasil e China, mas também abre novas oportunidades para nossos produtores e eleva a experiência do café em mercados internacionais”.
Guo Jinyi, presidente e CEO da Luckin Coffee, ressaltou o potencial do mercado chinês, que, apesar de contar com 1,4 bilhão de consumidores, apresenta um consumo médio de apenas dez copos de café por ano. “O café é um símbolo da amizade entre China e Brasil. Essa parceria representa um início promissor para expandir nossa colaboração industrial baseada em benefícios mútuos”, destacou ele.
A parceria comercial entre Brasil e Luckin Coffee tem mostrado resultados expressivos. Em 2022, a rede já havia anunciado a compra de 45 mil toneladas de café brasileiro em três anos. Em 2024, um novo acordo ampliou esse volume para 120 mil toneladas em dois anos.
Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil revelam que, entre 2023 e 2024, as exportações de grãos de café do Brasil para a China cresceram 186% em relação ao período anterior, marcando o maior aumento já registrado. Essa expansão reflete o fortalecimento dos laços comerciais e a confiança no potencial do café brasileiro no mercado chinês.
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