O sistema de internato na Região Autônoma do Tibet, no sudoeste da China, garante que tanto os estudantes rurais quanto os urbanos recebam de maneira igualitária educação de qualidade e que a vontade dos pais e dos alunos seja plenamente respeitada ao escolherem morar nas escolas ou não, informou o China Daily na quarta-feira, citando opiniões de especialistas em educação.
O sistema provou ser adequado para o Tibet, com sua vasta terra e população escassa. É bem recebido tanto pelos alunos quanto pelos pais, especialmente aqueles em áreas pastorais, disse Sherab Nyima, professor da Universidade Minzu, na China, em um simpósio internacional sobre modernização da educação e proteção dos direitos à educação no Tibet.
“Os estudantes das áreas pastorais antes tinham dificuldades em frequentar escolas. Para resolver os problemas, foram criados internatos. Essas escolas permitem que crianças de áreas rurais e pastorais recebem educação igualitariamente”, disse Sherab Nyima.
As recentes acusações de que os estudantes tibetanos são tirados de suas famílias e forçados a morar nas escolas são infundadas e têm uma agenda política clara, disse Xiao Jie, subdiretor do Instituto de Estudos Contemporâneos do Centro de Pesquisa de Tibetologia da China. “É necessário deixar claro que, embora muitas escolas no Tibet ofereçam acomodação, cabe aos alunos e seus pais escolher se querem morar nas escolas ou não”, disse Xiao, que acabou de retornar do Tibet depois de realizar pesquisas sobre internatos na região.
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