A Minasul, segunda maior cooperativa de café do Brasil, que tem mais de 7 mil produtores associados no estado de Minas Gerais, chegará à China pela primeira vez para a Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, na sigla em inglês), que acontecerá em Xangai de 5 a 10 de novembro. Mesmo estreante no mercado chinês, seus planos iniciais são robustos e preveem inclusive a abertura de um escritório local, de acordo com o diretor de novos negócios da empresa, Luis Henrique Albinati: “Queremos estabelecer um escritório na China, que serviria também como hub para outros países da região, como já temos na Europa”.
No entanto, o objetivo no momento é conhecer o país e as oportunidades e canais para realizar negócios com a China. O diretor, ao lado da responsável pelas relações internacionais da Minasul, Maria Claudia Lucinda Porto, irá participar de um curso de três dias no gigante de comércio eletrônico chinês, Alibaba, em Hangzhou. O convite foi feito por intermédio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, entidade que também convidou as empresas brasileiras à CIIE.
Albinati diz que, além de conhecer parceiros e estabelecer negócios com compradores e distribuidores chineses, a Minasul busca trazer parceiros chineses para fomentar tecnologias para a produção de café no Brasil, a partir de ferramentas que poderiam ser desenvolvidas em conjunto. “Há soluções que ainda precisam de desenvolvimento, e acreditamos que os chineses possam ser nossos parceiros neste processo, que não beneficiaria apenas os associados da Minasul, mas cafeicultores em todo o Brasil”, afirma.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e Minas Gerais responde por 50% da produção brasileira. O país também é responsável por um terço da produção mundial de cafés especiais. Em 2018, a estimativa é que o país colha quase 60 milhões de sacas de 60kg, uma safra recorde.
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