Competitividade Industrial: momentos decisivos para China e Brasil

A China já é um gigante industrial e busca cada vez consolidar sua competitividade a nível mundial na área da alta tecnologia. Big Data, Inteligência Artificial e digitalização fazem parte desse caminho. Lá e aqui no Brasil também

China Hoje – Siemens no Brasil

 

Os termos “revolução” e “nova era” eventualmente são usados com exagero para definir momentos apenas importantes. Não é o caso da fase atual da indústria, em todo o mundo: estamos vivendo um período realmente revolucionário, com o avanço da digitalização e a consolidação da Indústria 4.0.

China e Brasil vivem momentos decisivos, cada um a seu modo, neste cenário. Nas duas últimas décadas, a China consolidou-se no comércio mundial como país capaz de produzir muitos produtos industrializados, em alta velocidade. Durante a Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China, no entanto, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou que o gigante asiático vive uma fase de transição. “Vivemos uma nova revolução industrial, na qual o objetivo é passar do estágio de fabricar na China para criar na China; velocidade de produção para excelência na produção; grande país manufatureiro para potência da manufatura”, disse na ocasião.

O Brasil, por sua vez, vive um momento de potencial modernização de toda a cadeia produtiva relacionada à indústria. A disponibilidade de soluções de digitalização tem promovido avanços em segmentos industriais diversos, do automotivo à indústria de alimentos e bebidas. A perspectiva de ampliar a relação econômica com a China, um dos mercados mais atrativos do mundo, é um fator extra de estímulo para que essa modernização seja efetivada.

Velocidade e qualidade

Em sintonia com a expectativa do embaixador chinês, a multinacional Siemens já tem trabalhado em projetos que conseguem aliar velocidade e excelência na produção, alicerçada em conceitos da Indústria 4.0 no Brasil. Um desses projetos foi desenvolvido junto à fabricante de ônibus Comil, que buscava reduzir o tempo entre o desenvolvimento de produtos e sua entrada no mercado. Entre os desafios apresentados pelo cliente, a necessidade de integrar as engenharias de desenvolvimento e de produto, centralizar todas as atividades de engenharia em um único ambiente, otimizar o fluxo de trabalho e o tempo de produção e diminuir o retrabalho e a perda de informações.

A solução proposta pela Siemens foi a implantação de uma tecnologia que integrasse todo o processo, permitindo que os dois grupos pudessem trabalhar em conjunto, como uma única entidade. Para isso, a Siemens propôs a utilização de dois softwares (NX e Teamcenter), voltados para o gerenciamento do ciclo de vida de produtos. Como resultados, o cliente obteve redução do tempo de desenvolvimento de projetos de dois anos para oito meses, redução de erros de engenharia em 70% e aumento da produtividade em quase 100%.

Outro grande desafio da produção global é replicar os padrões de produção definidos pelas matrizes em localidades ao redor do mundo. Foi o caso da FCA – Fiat Chrysler Automobiles, que implantou uma nova unidade industrial no Brasil, para produzir veículos da marca Jeep. A nova fábrica foi a primeira da FCA no Brasil criada com base no padrão CArS, da Fiat global, fortemente baseado em incorporação tecnológica. Os modelos produzidos nessa unidade – Fiat Toro, Jeep Compass e Jeep Renegade – saem de uma única linha de produção dotada de soluções de automação da Siemens e totalmente automatizada.

Alimentos e bebidas

Mas não está apenas na manufatura discreta o conceito de flexibilidade na produção. Outro exemplo brasileiro vem da maior indústria cervejeira do mundo, que concebeu sua mais nova fábrica no Brasil para responder rapidamente às demandas do mercado. Na base desse conceito, dois desafios: conectar todas as máquinas dos processos de fabricação e embalagem de forma a dar início imediato à produção, assim que ela estivesse pronta, e dispor de um sistema que suportasse a introdução de novos produtos com agilidade.

Com uma cadeia de fornecedores espalhada por várias partes do mundo, o cliente precisava de um aglutinador de soluções que fizesse o projeto se consolidar em curto prazo. Esse papel coube à Siemens, que implantou soluções de automação e digitalização, como o sistema de controle de processo BRAUMAT, o software PROFINET, o sistema SIMATIC IT MIS e os conversores SINAMICS.

Com sua presença global, a Siemens tem colecionado casos de sucesso como esse. Na Áustria, por exemplo, a fabricante Spitz, que produz em torno de 1,2 milhão de produtos por dia apenas na fábrica localizada em Attnang-Puchheim, beneficia-se também de soluções de automação e digitalização da Siemens, como o SIMATIC IT. Dessa única fábrica, saem produtos tão diferentes quanto bebidas alcoólicas, chás, água mineral, pão de forma, molhos e geleias, entre outros. Aqui também, o binômio velocidade e qualidade já fazem parte do dia a dia da produção.

O segmento de alimentos e bebidas, por sinal, é um dos mais relevantes no comércio atual entre Brasil e China, e tende a crescer ainda mais. “Existem grandes oportunidades de exportação desse setor da economia brasileira para o mercado chinês”, comenta Pablo Fava, diretor da área de Digital Industries da Siemens no Brasil.

Pablo destaca particularmente o setor de proteína animal, um dos grandes exportadores brasileiros para o mercado chinês, como grande beneficiado pela incorporação de soluções digitais em toda a cadeia produtiva, agregando valor ao produto brasileiro. A Siemens, inclusive, criou no Brasil seu Centro de Competência Global de Carnes, com o objetivo de contribuir para ampliar a automação dos processos produtivos e de logística da carne brasileira.

E falando em Logística, esse é mais um capítulo de importância capital para o segmento industrial brasileiro com muitas oportunidades no Brasil. “A maioria da produção brasileira, especialmente no agronegócio, espalha-se pelo interior do país, e um grande desafio é escoar a produção rumo aos portos”, acrescenta Pablo. A abertura desse setor para a iniciativa privada tem possibilitado processos de modernização inéditos no Brasil.

Diante da perspectiva de aumento da produção industrial brasileira e das exportações, a empresa também está ampliando sua oferta de soluções em cranes (guindastes), tanto para uso portuário quanto industrial. Com alta tecnologia, as soluções da Siemens podem ser operadas à distância, sem a necessidade de operadores manuais, o que atende às demandas cada vez mais rigorosas de segurança das empresas de nível mundial, como as chinesas que têm optado por investir no Brasil.

Serviço:
www.siemens.com.br/ccc

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