Cientistas chineses deram um passo decisivo rumo à construção de estações de pesquisa na Lua ao desenvolverem um sistema de impressão 3D capaz de utilizar apenas regolito lunar, o solo da superfície lunar, como matéria-prima. A inovação, criada pelo Laboratório de Exploração do Espaço Profundo (Tiandu), em Hefei, representa um avanço na utilização de recursos in-situ no espaço.
Segundo Yang Honglun, engenheiro sênior do laboratório, o sistema emprega um concentrador solar de alta precisão e transmissão de energia via fibra óptica flexível para gerar calor suficiente para fundir o regolito. O protótipo já demonstrou capacidade de fabricar tijolos, moldar estruturas complexas e construir linhas, superfícies e corpos tridimensionais.
Os testes também validaram tecnologias essenciais como captação e transmissão de energia solar, derretimento do regolito e modelagem em condições semelhantes às da Lua. No futuro, o sistema poderá ser usado para construir estradas, plataformas de equipamentos e edifícios lunares, além de servir como base para a criação de sistemas energéticos no satélite natural.
Desde sua criação em 2022, o laboratório Tiandu tem liderado projetos como o satélite Queqiao-2 e a missão Chang’e-6. Agora, a equipe trabalha no desenvolvimento da primeira instalação mundial de pesquisa com amostras de Marte e busca colaboração internacional.
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