O processo da primeira extinção em massa da Terra foi reproduzido com alta precisão por cientistas chineses do Instituto de Nanquim de Geologia e Paleontologia do leste da China, subordinado à Academia Chinesa de Ciências. O estudo foi publicado pela revista Earth-Sciences Reviews e os pesquisadores ressaltaram que o êxito que eles alcançaram em um marco estratigráfico integral é aproximadamente três vezes mais preciso que antes. Espera-se que a reprodução contribua com o estudo da evolução biológica.
Os cientistas resumiram as características evolucionárias dos animais bentônicos no final do período Ordovícico, época quando ocorreu a extinção, e combinaram-nas com os dados biológicos e estratigráficos do isótopo de carbono, para melhorar a precisão da pesquisa geológica e paleontológica no período. Quase 85% da vida marinha desapareceu durante a primeira extinção em massa, e o ecossistema marinho foi severamente danificado.
Apesar disso, devido às limitadas referências e baixa precisão de dados, não se tinha obtido até agora uma conclusão final em relação à causa e o processo da extinção. “Identificamos que o momento exato da extinção foi a 445 milhões de anos atrás, que é também o momento em que se formou a capa de gelo Gondwana do Antártico”, explicou Wang Guangxu, líder da equipe de pesquisa. “A mudança climática e a formação da capa de gelo são provavelmente as principais causas da ampla extinção da vida marinha”, acrescentou.
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