Com a fricção comercial entre a China e os Estados Unidos, as importações de soja e carne suína dos norte-americanos pelo país asiáticos sofreram uma queda acentuada, enquanto as compras desses itens de outros países registraram um crescimento significativo, pelo que informou o Ministério do Comércio da China na última semana.
Gao Feng, porta-voz da pasta, disse que nos primeiros quatro meses do ano as importações de soja caíram 7,9% em termos anuais, e as compras vindas dos EUA diminuíram mais de 70% em relação ao ano anterior, ficando em 4,31 ton. Por sua vez, as importações de soja do Brasil neste período tiveram um aumento de 46,8% e as da Argentina cresceram 23 vezes, chegando a 2,15 milhões de ton.
A China é o maior mercado de exportação de soja dos Estados Unidos e, de acordo com as estatísticas, as exportações do produto estadunidense para a China responderam por 62,3% do total das suas exportações de soja em 2016. Em 2018, a proporção caiu para apenas 17,9%, como resultado das políticas de protecionismo comercial dos Estados Unidos.
As importações de carne suína também foram afetadas com a fricção comercial, sendo que no geral elas caíram 0,9% em termos anuais, indo para 774 mil ton nos primeiros quatro meses de 2019. As importações do produto dos Estados Unidos caíram 53,6% em relação ao mesmo período em 2018, enquanto as provenientes da Espanha, Canadá, Reino Unido e Holanda aumentaram em mais de 10% nesse período.
“O mercado chinês é um mercado aberto onde os produtos competitivos de todos os países são bem-vindos”, afirmou Gao. Ele ainda disse que esses dados mostram que o protecionismo comercial e a intimidação dos Estados Unidos causaram um enorme impacto no comércio de produtos agrícolas entre os dos países, prejudicando os dois lados.
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