A China acusou, nesta quinta-feira, países desenvolvidos de concentrar grandes quantidades de vacinas contra Covid-19 e criticou a “crescente desigualdade” na distribuição das doses para os países em desenvolvimento.
Em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, comentou que “a cooperação para combater a pandemia não deve ser um jogo de soma zero”, fazendo referência a jogos em que para um jogador ganhar, outro deve perder.
Wang disse que os imunizantes estão sendo desenvolvidos e produzidos em velocidade recorde, mas há outros problemas. “Há um déficit de distribuição. As vacinas estão entrando rapidamente nos países de alta renda, mas não nos países em desenvolvimento. Isso só vai aumentar as diferenças”, comentou.
O ministro pediu uma distribuição justa e razoável das doses e que países mais necessitados ou em conflito não sejam deixados para trás.
“A China nunca teve objetivos geopolíticos na venda de suas vacinas. Nunca fez cálculos para benefício econômico e não colocou condições políticas”, afirmou Wang, acrescentando que os imunizantes devem ser um produto público acessível a todos os países e que, para a China, é imperativo fazer de tudo para pesquisar, desenvolver e distribuir unidades para todo o mundo.
Além de dar assistência para 53 países em desenvolvimento, o país já exportou doses de imunizante para 22 nações. A China também já entregou 10 milhões de unidades de suas vacinas para a Covax, promovido pela Organização Mundial da Saúde, finalizou o ministro.
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