Brasil quer consolidar BRICS como líder global na transição energética, diz assessora do MME

Mariana Espécie afirma que grupo tem papel essencial na segurança climática e no desenvolvimento de soluções sustentáveis

A cooperação energética entre os países do BRICS é essencial para impulsionar a transição energética e garantir a segurança climática global, afirmou Mariana Espécie, assessora especial do Ministério de Minas e Energia (MME) e coordenadora das atividades de cooperação energética do grupo durante a presidência brasileira.

Em entrevista ao BRICS Brasil Communications, Mariana destacou que o bloco vem consolidando sua agenda energética desde a criação do Grupo de Energia em 2018, com foco em soluções sustentáveis e tecnologicamente neutras. A transição energética, segundo ela, será tema central na COP30, que acontecerá em Belém (PA), em 2025.

Mariana ressaltou o protagonismo de países como Brasil, Índia e Indonésia na produção de biocombustíveis, além da liderança da China em tecnologias solares e eólicas. Ela também enfatizou a importância de adaptar a transição às realidades locais, com estratégias que respeitem os recursos e as capacidades de cada país.

Entre os desafios apontados, estão os impactos das mudanças climáticas na infraestrutura energética. No Brasil, fenômenos extremos como enchentes e ventos intensos têm afetado o fornecimento de energia. Diante disso, o grupo planeja apresentar três entregas na próxima Cúpula do BRICS: a atualização do plano de trabalho para os próximos cinco anos, um relatório sobre combustíveis sustentáveis e outro sobre o acesso à energia nos países membros.

“O Brasil está comprometido em fortalecer a cooperação energética do BRICS e consolidar o grupo como um ator-chave na transição energética global”, afirmou Mariana.

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