“Velocidade chinesa” impulsiona cooperação sino-brasileira em materiais avançados

Funcionários da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração elogiam relação com país asiático

A “velocidade chinesa” está facilitando bastante uma cooperação frutífera China-Brasil em materiais novos e avançados, dizem especialistas e empresários brasileiros.

A China tem os laboratórios mais avançados do mundo para desenvolvimento da tecnologia e um alto de pessoas qualificadas na área de baterias, então conseguimos transformar as ideias de forma muito rápida em um produto e validar esse produto junto aos clientes finais, disse Rogério Ribas, chefe de produtos de baterias da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), em entrevista recente à Xinhua.

A CBMM, com sede na cidade de Araxá (MG), é líder mundial no fornecimento de produtos e tecnologia de nióbio aplicados em diversos setores, incluindo infraestrutura, transporte, aeroespaço, saúde e energia. O nióbio é um elemento químico usado em ligas, incluindo no aço inoxidável. Através de diversas aplicações, ela torna os materiais mais resistentes, duráveis, seguros, leves e menos corrosivos.

Segundo Marcelo Scuccuglia, diretor comercial da CBMM, a empresa tem muitos projetos na China não só com a indústria siderúrgica, mas também com os usuários finais, a fim de fornecer valor a toda a cadeia produtiva. Ele aplaudiu a “velocidade chinesa” que transforma uma ideia de negócio em uma realidade comercial e atribuiu a cooperação bilateral bem-sucedida à infraestrutura de qualidade para acesso à pesquisa e desenvolvimento, bem como ao claro objetivo de desenvolvimento da China para eletrificação.

Foi criada uma atmosfera que facilita muito o desenvolvimento tecnológico relacionado à eletrificação na China, observou Ribas.

Tiago Amaral, gerente de meio ambiente e suporte tecnológico da CBMM, acredita que o desenvolvimento econômico da China tem ajudado todas as indústrias e todo o mercado, pois abre portas para que novas tecnologias sejam adotadas. Amaral costumava viajar com frequência do Brasil para a China para suporte tecnológico. Ele concorda com Ribas em termos de “velocidade chinesa” que adota novas tecnologias de forma muito inovadora e rápida.

Ele considera fundamental que a CBMM tenha parceiros na China que adotem a tecnologia e as melhores práticas com eles e estejam abertos a ouvir e desenvolver conjuntamente as parcerias.

Atualmente, cerca de 90% da receita comercial da CBMM é gerada por seus produtos de nióbio na indústria siderúrgica, e a empresa brasileira decidiu voltar mais atenção para setores não siderúrgicos, como baterias e aplicações de alto desempenho.

Amaral destacou que a China é o maior produtor e consumidor de aço do mundo, e que a tecnologia de nióbio se encaixa muito bem nesse aspecto, assim como na nova tendência dos veículos elétricos. Todas essas aplicações vão se complementar para trazer um resultado melhor para os dois países, disse ele.

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