Uma investigação de ampla escala sobre o número de pandas gigantes selvagens e seu habitat vem sendo conduzida pela Reserva Natural Nacional de Wolong, na província de Sinchuan, uma vez que a China completa 150 anos da descoberta científica do animal.
O estudo cobre 1.032 km² de habitats potenciais e confirmados e, segundo Shi Xiaogang, diretor da estação de proteção de Mujiangping, a reserva planeja ter informações individuais dos pandas, incluindo DNA e gênero, por meio da coleção de fezes frescas.
Espera-se também que a pesquisa ajude a estudar as mudanças dinâmicas de um mesmo panda em estações e anos diferentes e apontar a população e proporção de sexo de pandas selvagens, para ajudar a ter uma orientação ao devolver os pandas à vida selvagem, pelo que afirmou Zhang Hemin, especialista no animal.
O panda gigante foi descoberto e nomeado há 150 anos na cidade de Ya’an, em Sichuan. Ele pode ser reconhecido com facilidade por suas manchas negras ao redor dos olhos, orelhas e por seu corpo redondo. A espécie vive no interior das montanhas e se tornou com rapidez um dos animais favoritos em todo o mundo. Apesar disso, foi apenas em 1978 que cientistas chineses e estrangeiros foram capazes de começar a realizar estudos observacionais de pandas na Reserva Natural Nacional Wolong.
Nos anos 1980, o governo da China cooperou com o World Wide Fund For Nature (WWF) para criar o “Centro de Proteção e Pesquisa de Pandas Gigantes da China”, que buscava proteger pandas em perigo de extinção. O centro tinha como objetivo aumentar o número de animais por meio de programas de criação em cativeiro, e sua meta final era devolvê-los à vida selvagem.
Para permitir que os pandas em cativeiro tivessem as habilidades necessárias para voltar para a natureza de forma independente, o “treinamento selvagem” em Wolong já está funcionando há mais de uma década. Atualmente, Zhang Hemin e seus colegas fizeram avanços com pandas criados em cativeiros, realizando o desenvolvimento autossuficiente e sustentável da população de pandas em cativeiro, sendo que nos últimos anos, 11 pandas gigantes de “formaram” na base de treinamento e nove deles foram libertados com sucesso à natureza.
Até agora, há mais de 100 observações de campo e pessoal de patrulha em Wolong, que são equipados com modernas instalações de observação, câmeras infravermelhas e localizadores GPS. Os funcionários também estão trabalhando na melhora do sistema de monitoramento para habitats do panda e num banco de dados de DNA para a espécie.
Os pandas gigantes são uma das espécies mais em perigo de extinção, com menos de 2 mil animais vivendo na natureza. Até o fim de 2013, havia 375 pandas gigantes em cativeiro, cerca de 200 deles no Centro de Proteção e Pesquisa de Pandas Gigantes da China.
Sem Comentários ainda!