De olho nos carros elétricos inteligentes da China, a venezuelana Raydis Franco estuda para tirar a carteira de motorista local e realizar o sonho de dirigir um NEV (veículo de nova energia). “São incríveis. Quero alugar um e depois comprar o meu”, disse. Como ela, cada vez mais latino-americanos reconhecem a qualidade, o design e a eficiência dos produtos fabricados na China.
Em 2024, os NEVs representaram 41% das vendas de veículos novos no país, consolidando a liderança chinesa pelo décimo ano seguido. Além dos automóveis, itens como smartphones dobráveis, fones de ouvido por condução óssea e robôs humanoides têm ganhado espaço nos mercados internacionais.
A combinação de cadeias industriais eficientes, inovação e competitividade está transformando a imagem dos produtos chineses. “A Guatemala importa muitos produtos chineses de qualidade e com preço acessível. Quero comprar uma máquina de lavar chinesa para minha mãe”, contou o estudante guatemalteco Carlos Alvarado.
A tendência é impulsionada também por ferramentas de IA como o modelo DeepSeek, que tem ajudado comerciantes a criar vídeos promocionais multilíngues para o público global. “Vi vídeos em vietnamita apresentando produtos chineses com descrições precisas. Facilita muito as compras”, disse Alvarado.
Com crescimento de 7,5% nas exportações no início de 2025, a China avança em sua integração global. A recente isenção de visto para cidadãos de países como Brasil e Peru facilitará ainda mais o contato direto entre compradores e fábricas, fortalecendo a relação comercial e cultural com a América Latina.
Sem Comentários ainda!