O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. (Rahel Patrasso/Xinhua)

Novo governo brasileiro quer reconstruir pontes com China e Estados Unidos, diz futuro Chanceler

Mauro Vieira afirmou que buscará uma relação “equilibrada e soberana” com ambos os países

O futuro chanceler do Brasil, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva quer reconstruir pontes com China e Estados Unidos, em uma relação “equilibrada e soberana” com ambos os países.

Vieira, anunciado como ministro das Relações Exteriores a partir de 1º de janeiro, disse que, depois de assumir a presidência, Lula pretende viajar à China e aos Estados Unidos “nos primeiros três meses” de seu mandato para reconstruir relações prejudicadas durante o governo de Jair Bolsonaro.

“Queremos manter uma relação intensa com esses países, produtiva, mas equilibrada e soberana, e desenvolver, dentro do interesse nacional, todas as possibilidades de cooperação e intercâmbio em todos os sentidos com estes países”, explicou Vieira.

O novo chanceler informou também que Lula pretende estimular novamente as negociações do Mercosul com a União Europeia, paralisadas nos últimos anos. “Acredito que há um horizonte melhor, levando em conta a política para o meio ambiente já anunciada pelo presidente Lula, que pode destravar uma série de dificuldades que havia”, comentou.

Segundo Vieira, o novo governo brasileiro quer ampliar os laços com os vizinhos sul-americanos e latinos como prioridade, bem como a cooperação com os países africanos. “Lula me orientou para que sejam retomados os programas de cooperação com a África, para voltar a manter relações intensas com solidariedade e com coordenação”, acrescentou.

Na entrevista, Mauro Vieira disse ainda que o Brasil tentará se candidatar para ser a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que se realizará em 2025. Vieira anunciou também, que a Secretaria Geral do Itamaraty (segundo posto da pasta) será ocupada por Maria Laura da Rocha, atual embaixadora do Brasil na Romênia, primeira mulher a ser indicada para o cargo.

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