Depois de trabalhar na indústria do café por mais de 22 anos, Jing Jianhua abriu seu próprio café com temática africana no Grande Mercado de Gaoqiao de Changsha, na Província de Hunan, na China central.
Na Shenghe Coffee, a torrefadora está ressoando, exalando o aroma único dos grãos personalizados provenientes da Etiópia. “As condições naturais como a altitude, o sol e a temperatura proporcionaram um sabor diferenciado ao café africano”, disse Jing, fundador da Shenghe Coffee, ao introduzir o café como uma obra de arte.
Em 2017, a empresa entrou para o Centro de Comércio do Café Africano de Gaoqiao (Rua do Café), que faz parte do primeiro lote de projetos do parque de promoção e inovação de cooperação econômica e comercial China-África no mercado. Atualmente, o centro já atraiu mais de 20 comerciantes, produtores e marcas de café, com um faturamento anual de 800 milhões de yuans (US$ 123,9 milhões). Cerca de 800 toneladas de grãos de café africanos são vendidas anualmente no local.
A rua do café é o lar de grãos de café da Etiópia, Quênia, Ruanda, Tanzânia e outros países africanos. Também serve como centro de exposição e distribuição, bem como base de incubação para a indústria do café e do chá.
Este centro ajuda a reunir todos os elos da cadeia da indústria cafeeira China-África e também torna o Grande Mercado de Gaoqiao mais voltado para a exportação, disse Xiao Xiangdong, funcionário da Zona-Piloto de Livre Comércio da China (Hunan). “Espera-se que o comércio de café seja responsável por 5 a 10% de todas as transações de comércio exterior no mercado este ano”.
“No passado, só podíamos comprar grãos de café africanos de comerciantes em cidades costeiras como Xangai. O ciclo de compras era longo, o que afetava a qualidade do café, aumentava o custo e também tornava o abastecimento instável”, explicou Jing.
O Grande Mercado de Gaoqiao organizará uma plataforma de comércio online para comunicação, avaliação e triagem do café depois que as cooperativas agrícolas locais comprarem os grãos. Elas podem fazer pedidos e assinar contratos diretamente quando os produtos atenderem aos requisitos. O custo pode, portanto, ser reduzido em cerca de 30%, segundo as estimativas de Jing.
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