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“A China não sabia com antecedência sobre o plano da Rússia de uma operação militar contra a Ucrânia, nem a apoiou”, escreveu Qin Gang, embaixador chinês nos EUA, em um artigo publicado nesta terça-feira no jornal The Washington Post.
“Deixe-me dizer isto com responsabilidade: Afirmações de que a China sabia, concordou ou apoiou tacitamente esta guerra são pura desinformação”, disse Qin no artigo, que segundo ele visa explicar “plenamente” ao povo americano a posição da China sobre o conflito na Ucrânia e “dissipar quaisquer mal-entendidos e rumores”.
Observando que havia mais de 6 mil cidadãos chineses na Ucrânia e que a China é o maior parceiro comercial tanto da Ucrânia quanto da Rússia, Qin disse que o conflito “traz benefício nenhum para China” e que o país teria tentado seu melhor para impedir a guerra se tivesse sabido sobre isso com antecedência.
“A posição da China é objetiva e imparcial”, disse o embaixador, “Os objetivos e princípios da Carta da ONU têm de ser plenamente observados; a soberania e a integridade territorial de todos os países, incluindo da Ucrânia, devem ser respeitadas; as preocupações legítimas de segurança de todos devem ser levadas a sério; e todos os esforços propícios para a solução pacífica da crise devem ser apoiados.”
O embaixador também denunciou aqueles que têm tentado ligar a crise da Ucrânia com a questão de Taiwan, dizendo que fazer isso “é um erro” e que “são coisas totalmente diferentes”.
“A Ucrânia é um Estado soberano, enquanto Taiwan é uma parte inseparável do território da China”, ele explicou. A questão de Taiwan é um assunto interno chinês. Não faz sentido enfatizar o princípio de soberania sobre a Ucrânia enquanto prejudica a soberania e a integridade territorial da China sobre Taiwan”, disse Qin.
“Esperamos que os Estados Unidos cumpram seriamente o princípio de Uma Só China e não apoiem o separatismo da ‘independência de Taiwan’ de qualquer forma. Para garantir a paz e a estabilidade a longo prazo através do Estreito de Taiwan, a China e os Estados Unidos devem trabalhar juntos para conter a ‘independência de Taiwan'”.
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