Desempenho do BRICS é determinante para recuperação da economia mundial, diz especialista brasileiro

Diego Pautasso ainda destacou a importância da defesa do multilateralismo pelo grupo

“O desempenho econômico do BRICS é absolutamente determinante para a recuperação da economia mundial”, afirmou em entrevista à agência Xinhua o cientista político brasileiro Diego Pautasso, professor de Geografia do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) e professor convidado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Pautasso destacou algumas das posições políticas do grupo, como a defesa do multilateralismo e da governança internacional estruturada em torno da Organização das Nações Unidas (ONU), além do repúdio ao unilateralismo vigente desde o final da Guerra Fria. “O fortalecimento das instituições de governança é uma agenda central para o agrupamento, muito embora devamos destacar que há dissonâncias”, afirmou Pautasso.

O professor comentou brevemente o histórico de mais de uma década do grupo, salientando o grande salto qualitativo alcançado em 2014, no contexto da 6ª Cúpula do BRICS, sediada na cidade de Fortaleza, quando foram anunciados o Novo Banco de Desenvolvimento, o banco do BRICS, e o Arranjo Contingente de Reservas.

“Em paralelo a isso, vários fóruns regionais e temáticos nas áreas de agricultura, educação, ciência e tecnologia, defesa, foram promovidos, obviamente contribuindo para o aprofundamento da cooperação e da sinergia entre seus membros”, explicou. “As oscilações de governo, sobretudo no Brasil e na África do Sul, mas também na Índia, fazem com que haja alteração na velocidade e na coesão da agenda do grupo”, ponderou o professor.

Pautasso ainda comentou sobre o papel da China na retomada da atividade econômica mundial, principalmente tratando da indústria de alta tecnologia e do comércio de serviços. “A China é um grande líder da economia digital, é o país líder em 5G, em infraestrutura de rede, em inteligência artificial, portanto é um centro promotor de novos paradigmas tecnológicos cruciais para a terceira revolução industrial e para esse ciclo de inovação também chamado de indústria 4.0”, concluiu.

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