Na última quarta-feira, foi lançada em Beijing a série Compreender os Clássicos Chineses, organizada pelas Edições de Línguas Estrangeiras e apoiada pela Embaixada do Brasil na China. As obras Os Analectos de Confúcio, Daodejing e O Imortal do Sul da China: Uma Leitura Cultural do Zhuangzi, traduzidas pelo sinólogo brasileiro Giorgio Sinedino, buscam aproximar os brasileiros do rico patrimônio cultural chinês.
Sinedino destacou que traduzir os clássicos chineses exige não apenas conhecimento profundo da língua, mas também uma compreensão das conotações ideológicas e do contexto social das obras. Ele consultou comentários de filósofos como Zhu Xi, da dinastia Song do Sul, para enriquecer a tradução e garantir que o público brasileiro pudesse acessar o conteúdo em sua essência.
Por décadas, a literatura chinesa foi traduzida ao português a partir de outros idiomas, como inglês e francês, o que frequentemente prejudicava a fidelidade ao texto original. O projeto de Sinedino rompe com essa barreira, oferecendo traduções diretas que refletem melhor a profundidade da cultura clássica chinesa.
O editor-chefe do Grupo de Comunicações Internacionais da China, Gao Anming, ressaltou que as traduções abrem uma nova porta para os leitores brasileiros explorarem a riqueza da cultura chinesa, fortalecendo o intercâmbio entre os dois países. A China e o Brasil também anunciaram 2026 como o Ano da Cultura China-Brasil, reafirmando o compromisso de ampliar os laços culturais.
Zhang Wenwei, conselheiro do Ministério das Relações Exteriores da China, avaliou que as obras traduzidas por Sinedino não apenas promovem o entendimento cultural, mas também refletem a parceria entre os países. Já a professora Zhang Minfen, de Shanghai, acredita que os clássicos permitem um diálogo profundo entre culturas, aproximando brasileiros do pensamento filosófico chinês.
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