Cientistas exploram roteiro para maior produção global de arroz

Pesquisa reuniu especialistas da China, Estados Unidos, Brasil, Indonésia, Índia, Uruguai

Um grupo internacional de cientistas fez uma avaliação global dos sistemas de cultivo de arroz em busca de oportunidades para melhorar a produção de arroz. O grão é o principal alimento básico para mais da metade da população global. Embora a demanda deva crescer, sua produção é desafiada por fatores como mudanças climáticas, escassez de energia e degradação de recursos.

Pesquisadores da China, Estados Unidos, Brasil, Indonésia, Índia, Uruguai e vários institutos de pesquisa globais avaliaram a produtividade e a eficiência no uso de água, fertilizantes e pesticidas em 32 sistemas de cultivo que respondem por metade do arroz colhido globalmente. De acordo com os resultados publicados na revista Nature Communications, ainda há muito espaço para aumentar a produção e reduzir o impacto ambiental negativo.

A avaliação mostra que a produção média global de arroz representa 57% do potencial produtivo, com uma ampla gama de lacunas entre os sistemas. Os espaços de arroz irrigado no Egito, norte da China, Austrália e Califórnia atingiram mais de 75% do potencial produtivo. Cerca de dois terços da área total de produção de arroz entre os 32 sistemas de cultivo avaliados tem produções inferiores a 75% do potencial. As produções são baixas para o arroz de planície alimentado pela chuva na África Subsaariana e o arroz de sequeiro no norte do Brasil, representando de 20% a 40% do potencial produtivo.

Os pesquisadores dizem que aumentar a produção média para um nível igual a 75% do potencial produtivo em 19 sistemas de cultivo aumentaria a produção anual global de arroz em 32%, o suficiente para atender à demanda global projetada até 2030.

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