China ultrapassa 50% da produção mundial de artigos científicos de destaque

País lidera globalmente em “hot papers” e se aproxima dos EUA em pesquisas altamente citadas, consolidando posição de potência científica

A China respondeu pela maior parte dos artigos científicos de destaque (“hot papers”) do mundo pela primeira vez, representando 53,2% do total global, segundo o Relatório sobre a Produção de Artigos Científicos da China 2025, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Informações Científicas e Técnicas da China (ISTIC).

O país também manteve o segundo lugar mundial em artigos altamente citados, reduzindo ainda mais a diferença em relação aos Estados Unidos.

Os “hot papers” são estudos publicados nos últimos dois anos que figuram entre os 0,1% mais citados em suas áreas. Já os artigos altamente citados estão entre os 1% mais referenciados globalmente nos últimos dez anos.

Até agosto de 2025, a China contabilizava 2.342 hot papers, um crescimento de 4,6% em relação a 2024, seguida pelos EUA, com 1.511 artigos. O país também registrou 76.271 artigos altamente citados, correspondendo a 37,4% do total mundial, apenas 11 artigos a menos que os EUA, que permanecem na liderança.

O relatório ainda aponta que a China publicou 154,9 mil artigos de alta qualidade em periódicos internacionais em 2024, o equivalente a 39,2% do total global, liderando tanto em número de publicações quanto em citações, com 1,01 milhão de referências registradas.

Segundo o ISTIC, esses resultados refletem uma mudança estrutural na pesquisa chinesa, com foco crescente na qualidade e no impacto científico internacional. Especialistas destacam que o próximo passo será aperfeiçoar os sistemas de avaliação acadêmica e incentivar obras científicas representativas com maior relevância global.

Criado em 1987 e vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia da China, o ISTIC é responsável por acompanhar e divulgar anualmente os principais indicadores de desempenho da produção científica chinesa.

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