O brasileiro Pesce Brito De Mattos foi um dos primeiros a aproveitar a nova política de isenção de visto da China. Ele entrou no país pelo posto de Hangzhou neste domingo (2), marcando sua sexta viagem a negócios e a primeira sem precisar passar pelos procedimentos tradicionais. “Agora poder entrar sem visto é excelente. Espero que o povo brasileiro aproveite ao máximo essa oportunidade”, afirmou.
A medida permite, de forma experimental até 31 de maio de 2026, que cidadãos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai entrem na China sem visto por até 30 dias, para turismo, negócios, intercâmbio ou visita a familiares. É a primeira vez que o país estende esse tipo de acesso a nações da América Latina e do Caribe.
A política se soma a um esforço mais amplo de abertura do país. Em 2024, 3,4 milhões de pessoas entraram na China por meio de isenção unilateral de visto, um aumento de 1.200% em relação ao ano anterior. Novas rotas diretas, como Cidade do México–Shenzhen e Beijing–São Paulo, também estão aproximando os dois lados do Pacífico.
Os reflexos da nova medida já são sentidos. A chilena Carolina Araya, professora na Universidade de Estudos Internacionais de Anhui, comemorou a possibilidade de receber os pais com mais facilidade. “Será muito mais fácil para meus pais nos visitarem”, disse. O comércio entre China e América Latina, por sua vez, ultrapassou US$ 500 bilhões neste ano, impulsionado por produtos como cerejas chilenas, carne argentina e veículos elétricos chineses.
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