Em uma visita recente ao distrito de Caoxian, na Província de Shandong, a blogueira de moda italiana Camilla Pedersini vestiu seu primeiro Hanfu e se encantou com o traje tradicional chinês. “Nos leva de volta aos tempos antigos. A cultura chinesa é fascinante”, afirmou. A experiência faz parte de um movimento maior: o renascimento do Hanfu, impulsionado pelo interesse de jovens chineses e sua popularidade crescente nas redes sociais.
Embora nem todos saibam, Caoxian é hoje o maior centro de fabricação de Hanfu da China. O distrito começou a produzir os trajes há cerca de 17 anos, inicialmente para estúdios fotográficos e apresentações artísticas. Com o avanço do comércio eletrônico, as confecções locais passaram a vender on-line e logo perceberam a força da demanda.
Hoje, Caoxian conta com mais de 2,7 mil empresas dedicadas ao Hanfu. Em 2024, as vendas ultrapassaram 12 bilhões de yuans (cerca de US$ 1,67 bilhão), o equivalente a quase metade de todo o mercado chinês. Só no primeiro trimestre deste ano, o faturamento passou de 3,14 bilhões de yuans — um crescimento anual de 16%.
O caso de Caoxian mostra como a valorização da cultura tradicional pode se transformar em motor de desenvolvimento econômico, conectando o passado e o presente da China com uma nova geração de consumidores — e agora também com o olhar curioso do público internacional.
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