Café de Uganda atrai investidores chineses com demanda crescente na China

Delegação visita fazendas e propõe parcerias para expandir exportações e agregar valor à produção ugandense

Investidores chineses estão em Uganda para estreitar relações comerciais com cafeicultores locais, em um momento em que a demanda por cafés especiais cresce rapidamente no mercado chinês. A delegação percorreu fazendas nas regiões leste e oeste do país e participou de uma conferência sobre comércio e investimento com autoridades de ambos os países.

Uganda é o segundo maior produtor de café da África e viu suas exportações para a China saltarem 190% apenas em março de 2025, colocando o país asiático como seu segundo maior mercado no continente asiático. “Com cafés Arábica e Robusta de alta qualidade, Uganda tem muito a oferecer ao consumidor chinês”, afirmou Vincent Bagiire, secretário permanente do Ministério das Relações Exteriores de Uganda.

A embaixadora ugandense na China, Oliver Wonekha, defendeu a criação de joint ventures e a transferência de tecnologia para fortalecer a cadeia produtiva local e ampliar o acesso ao mercado chinês. O setor cafeeiro é responsável pelo sustento de cerca de 1,7 milhão de famílias ugandenses e gerou, no último ano fiscal, a maior receita cambial da história recente do país: US$ 1,14 bilhão.

Segundo o embaixador chinês em Uganda, Zhang Lizhong, o consumo de café na China cresceu 167% na última década, alcançando 350 mil toneladas por ano. “China e África são bons parceiros na modernização, e o café é uma ponte importante dessa cooperação”, disse.

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