O BRICS deve pensar na segurança alimentar de seus membros e nas gerações mais jovens, porque delas depende o futuro do organismo, disse o representante brasileiro na Câmara de Comércio e Indústria do grupo, João Gilberto Vaz, em entrevista à agência Xinhua.
Durante a conversa, Vaz avaliou de maneira muito positiva o fato dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) terem conseguido garantir a segurança alimentar de seus cidadãos durante a pandemia e destacou porque é importante que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do grupo destine programas para os produtores rurais.
“Agora, na época pós-pandemia, creio que poderíamos reverter as prioridades do NDB para incluir a segurança alimentar como um dos temas principais. As pessoas do BRICS têm que comer. O NDB pode conceder microcréditos, para ajudar os pequenos produtores que não têm poder econômico para ir a um grande banco, o que significa que o banco do BRICS tem que ser parceiro desse tipo de ações”, acrescentou o representante brasileiro.
Outro ponto levantado por Vaz é que o futuro do BRICS depende das gerações mais jovens e, por isso, considera essencial que o grupo invista em políticas para se tornar conhecido entre a população em geral e entre os mais jovens, oferecendo, por exemplo, bolsas para estudar nos países do grupo.
“O BRICS não tem nenhuma prioridade para projetar os meninos de hoje em um período daqui a 15-20 anos. Esse é um trabalho que precisa ser feito, uma bandeira que temos que defender junto aos presidentes dos países membros”, comentou.
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