Artesanato tradicional chinês ganha espaço no mercado brasileiro

Cestas e luminárias de rotim são vendidos diretamente para o consumidor final no Brasil, através de plataformas online

Tiras finas e delgadas de bambu são entrelaçadas e torcidas nas mãos dos artesãos e, finalmente, tecidas em uma variedade de utensílios, incluindo cestas e lanternas. Depois, os produtos, principalmente luminárias, são enviados para o Brasil, Europa e Estados Unidos.

O distrito de Bobai, em Yulin, tem a reputação de ser a cidade natal do artesanato de tecelagem na China e é a principal base de exportação do artesanato de rotim de Guangxi. A técnica remonta há quase mil anos e foi listada como patrimônio cultural imaterial de Guangxi em 2016.

“Nunca esperei que nossos produtos pudessem ser exportados de Guangxi para o Brasil”, disse Huang Lianjiang, gerente da Bobai Huangtu Arts and Crafts Company, que vende materiais em mais de 20 países e regiões.

Já em 2018, a empresa de Huang conheceu um importador brasileiro em uma plataforma internacional. Desde então, deu início ao comércio bilateral e as encomendas aumentaram. Hoje em dia, os dois lados estão constantemente fortalecendo seus laços na plataforma online, discutindo a demanda de pedidos e a direção de desenvolvimento futuro. “O Brasil sempre foi nosso parceiro estável, e produtos como abajures estão vendendo bem”, disse Huang.

Tendo em vista o rápido desenvolvimento das plataformas de venda online, a empresa passou a fazer fazer transmissões ao vivo, promovendo seus produtos em inglês, português e outros idiomas.

“Posso falar um pouco de português e, às vezes, apresento nossos produtos a clientes”, disse Liu Baiyou, gerente de comércio exterior da empresa. “Os clientes estrangeiros estão muito interessados em nossos artesanatos de rotim porque eles são ecologicamente amigáveis e próximos da natureza.”

O ano de 2024 marca o 50º aniversário do estabelecimento de laços diplomáticos entre China e Brasil. Nos últimos anos, os intercâmbios bilaterais nos domínios político, econômico, comercial, cultural e agrícola tornaram-se cada vez mais estreitos. “Os intercâmbios amistosos entre os dois países são a base do aprofundamento da nossa cooperação econômica e comercial. Também estamos ansiosos para explorar ainda mais o mercado latino-americano com o Brasil como centro”, disse Huang.

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