Como era a vida escolar em Xinjiang, na China, nos tempos antigos? Um documento desenterrado em 1969 no cemitério de Astana em Turpan, no leste de Xinjiang, oferece um vislumbre fascinante.
O documento é um pergaminho de cinco metros, escrito por Bu Tianshou, um estudante de 12 anos em 710 d.C., Dinastia Tang. Bu transcreveu vários capítulos de dois livros — Anotações dos Analectos de Confúcio, de um famoso estudioso Zheng Xuan, e Clássico de mil caracteres, poema para as crianças aprenderem caracteres chineses — ambos eram leituras recomendadas naquela época.
“Curiosamente, ele escreveu um poemeto burlesco no final do pergaminho: O trabalho de casa de hoje está terminado. Professor, por favor, não atrase a aula e nos deixe ir para casa mais cedo. Isso tornou o pergaminho muito mais divertido”, disse Dilinur Maiming, uma docente do Museu Turpan.
As anotações de Zheng Xuan dos Analectos de Confúcio foram perdidas após a Dinastia Tang, mas a cópia de Bu e outros documentos desenterrados em Turpan forneceram informações valiosas para o estudo das obras clássicas do confucionismo, indicou Chen Aifeng, vice-reitor do Instituto de Estudos Turpan.
“A Dinastia Tang estabeleceu um sistema educacional relativamente completo. A maioria dos documentos das anotações de Zheng Xuan dos Analectos de Confúcio desenterrados de cemitérios de Astana são cópias escritas por estudantes, indicando que a educação em Xinjiang durante a Dinastia Tang era influenciada pelo Cultura das Planícies Centrais”, acrescentou Chen.
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