Um pote de arroz e ovos intactos que datam de mais de 500 anos foi descoberto nesta semana por arqueólogos chineses na cidade de Guang’an, província de Sichuan. A descoberta foi feita em um túmulo da Dinastia Ming (1368-1644) em um parque, segundo Tang Yunmei, curador do Museu da cidade de Guang’an. O epitáfio indica que o túmulo pertenceu a um homem chamado Yang Ming, que morreu em 1501, e as suas duas esposas.
Com cascas intactas, os ovos foram enterrados no arroz dentro do pote e segundo os pesquisadores ainda não se sabe ao certo o número de ovos. Tang disse que o túmulo de rocha foi bem lacrado e teve bons projetos antiumidade e anticorrosão, incluindo uma camada de cal de 2-5 cm dentro dos caixões de madeira, e que o pote com arroz e ovos também foi protegido por uma tampa.
“Os ovos estão bem reservados devido à construção rigorosa do túmulo, o que criou um espaço confinado com temperatura e umidade constantes”, disse o curador. Descobertas de ovos não quebrados em túmulos antigos são muito raras na China. Um dos casos registrados foi em março, quando arqueólogos desenterraram um pote cheio de ovos, com apenas um quebrado, em um túmulo de 2.500 anos na província de Jiangsu. Em 2015, arqueólogos na província de Guizhou encontraram um ovo em um túmulo com mais de 2.000 anos, mas a casca rachou ao ser tocado pela escova de limpeza.
Historiadores ainda estão discutindo sobre a conotação cultural de colocar ovos em túmulos. Uma teoria diz que isso simboliza a continuidade da vida através da descendência numerosa, enquanto outros acham que é apenas porque os donos dos túmulos gostavam de comer ovos quando estavam vivos.
De acordo com Tang, o pote de ovos recém-descoberto foi enviado para análises em laboratório com raios infravermelhos, para que se possa verificar o número e condição dos ovos sem causar danos.
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