China busca política externa independente, diz porta-voz

A nação asiática não defende a formação de “pequenas panelinhas”

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinesa, Hua Chunying, afirmou nesta terça-feira que a China está buscando uma diplomacia independente e de paz, aderindo a um novo tipo de relações internacionais caracterizadas por não conflito, não confrontação, respeito mútuo e cooperação de benefício mútuo.

Hua fez os comentários em resposta sobre se a China estabelecerá alianças contra as democracias ocidentais. Ela disse que o país vê todas as nações, grandes ou pequenas, fortes ou fracas, como membros iguais da comunidade internacional. Essa posição é diferente da diplomacia dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e União Europeia.

“A China defende a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, onde resolvemos problemas por meio de diálogos e compartilhamos interesses”, acrescentou a porta-voz.

Usando como exemplo os esforços chineses para garantir a disponibilidade e a acessibilidade de vacinas nos países em desenvolvimento, Hua lembrou que a China sempre se opôs às “pequenas panelinhas”, ao pensamento de jogo de soma zero e à mentalidade da Guerra Fria. “Conflito, confrontação e divisão nunca serão nossas propostas”, completou.

Ela disse que o mundo está cheio de possibilidades, permitindo que países de diferentes sistemas, histórias e culturas coexistam pacificamente, e resultados de benefício mútuo podem ser alcançados por meio de cooperação.

“Pequenas panelinhas”, ou seja, grupos políticos que vão contra a tendência histórica, não podem ser populares, segundo Hua. A porta-voz acrescentou que alguns países da União Europeia, como aliados dos Estados Unidos, são forçados a fazer política de grupo.

“Não acho que políticos, diplomatas ou líderes nacionais que têm a sabedoria de ser verdadeiramente responsável por seu próprio povo sigam cegamente essas facções políticas”, afirmou.

A porta-voz completou que países relevantes devem pensar profundamente, ver o desenvolvimento da China de maneira correta e racional, seguir a tendência do tempo, abandonar a mentalidade da Guerra Fria, trabalhar em conjunto com outros países e trabalhar para construir uma vida boa para seu povo. “Isso é democracia genuína”, concluiu.

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