Visita de Bolsonaro deve definir rumo das relações Brasil-China

Os países, que têm uma longa história de amizade, devem ter suas relações bilaterais fortalecidas com passagem do presidente ao país asiático

As relações entre a China e o Brasil continuam se aprofundando e a visita do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, à China deverá injetar nova vitalidade à cooperação bilateral e unir esforços conjuntos para melhorar a governança global.

Embora distantes geograficamente, os dois países jamais interromperam os seus intercâmbios amistosos. Há mais de 200 anos, os primeiros chineses viajaram ao Brasil para plantar chá e ensinar suas habilidades aos brasileiros, e 90 anos depois, foi construído um mirante em estilo chinês na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, para marcar a amizade entre ambos.

Em 1993, o Brasil se tornou o primeiro país a estabelecer a parceria estratégica com a China, e em 2012 a relação foi elevada para parceria estratégica integral. Hoje em dia, a relação sino-brasileira é mais sólida e madura. No último mês de agosto, Xi e Bolsonaro trocaram mensagens de felicitação pelo 45º aniversário dos laços diplomáticos.

A China é a maior parceira comercial do Brasil e o principal destino das exportações brasileiras há dez anos, e já se tornou também a maior fonte de investimento estrangeiro do Brasil, sendo que em 2018 o comércio bilateral bateu o recorde de US$ 100 bilhões. Os dois países não só estão aprofundando a cooperação tradicional em áreas como agricultura, energia elétrica, mineração e infraestrutura, como também criando novas áreas de crescimento em inovação tecnológica e economia digital.

Além disso, os intercâmbios culturais e pessoais também estão dando frutos, como nos esportes, medicina e arte. Dez Institutos Confúcio foram estabelecidos no país latino-americano que ainda decretou agosto como o mês oficial de celebração da chegada dos imigrantes chineses ao Brasil. O aprofundamento da parceria transcendeu o âmbito bilateral, e serve como uma força positiva para impulsionar a paz e a prosperidade na região e em todo o mundo.

A relação entre a China e o Brasil estabeleceu um modelo para a cooperação entre a China e a América Latina, assim como para a cooperação Sul-Sul. Os dois países também uniram seus esforços para manter o multilateralismo, defender as normas internacionais e abordar os desafios mundiais como a mudança climática. Olhando para o futuro, a China e o Brasil, importantes países em desenvolvimento, têm bons motivos para trabalhar juntos e de maneira mais estreita.

A 11ª cúpula do BRICS será realizada no próximo mês em Brasília. Os dois países devem aproveitar a oportunidade para impulsionar a cooperação do bloco, sobretudo nas áreas de enfoque da reunião, que vão da inovação científica e tecnológica à economia digital, e do combate aos crimes transfronteiriços ao financiamento destinado a potencializar a produtividade.

Com a visita de Bolsonaro à China, os dois países empreenderão uma nova viagem para continuar desenvolvendo sua parceria, assim como a cooperação entre a China e a América Latina, e tornar o sistema de governança global mais justo e inclusivo.

Fonte: Xinhua

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