Política chinesa faz renascer interesse por alfabeto mongol

População na Mongólia retomou o uso da língua tradicional

Uma medida tomada na China foi responsável por fazer ressurgir o interesse pelo alfabeto mongol entre a população da Mongólia. A língua do país caiu em desuso durante o regime da ex-União Soviética, quando o alfabeto cirílico foi imposto.

A reforma educativa aplicada na Mongólia Interior, região chinesa, tornou o mandarim obrigatório em algumas matérias escolares. Um dos objetivos era facilitar a comunicação entre as pessoas. No entanto, a regra fez os mongóis perceberem que a língua tradicional estava se perdendo.

Agora, o governo da Mongólia defende a escrita tradicional, chamada “hudum”, que estava sendo usada apenas por linguistas e alguns idosos desde o fim do regime pró-soviético. A televisão nacional também exibe textos nas duas línguas (hudum e cirílico) e as autoridades prometeram que todos os documentos oficiais serão bilíngues em 2025.

Além disso, um programador criou uma rede social parecida com o Facebook que permite escrever textos verticalmente. “Se conseguirmos transferir nossa escrita para plataformas digitais, vamos preservar nossa língua tradicional para as gerações futuras”, disse Ulzii-Orshikh Dashkhuu.

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