Com dois coques no cabelo, um círculo cósmico no pescoço e rodas de fogo nos pés, Nezha fez uma entrada triunfal. A cena se repetiu fora das telas, quando três jovens caracterizadas como personagens de “Nezha Zhi Mo Tong Nao Hai” (“Nezha 2”) emocionaram o público durante a estreia do filme na Bolívia.
Entre o fim de setembro e o início de outubro, o longa foi lançado em diversos países da América Latina, incluindo Peru, México e Brasil. Com narrativa envolvente, efeitos visuais impressionantes e profundidade espiritual, o filme provocou uma verdadeira onda de interesse pela cultura chinesa na região. Profissionais do setor audiovisual elogiaram a produção. O diretor colombiano Armando Aguilar destacou o impacto global do filme, enquanto o ator brasileiro João Caramekian classificou as cenas de ação como “brilhantes”. Já o editor mexicano Hugo Quiroz elogiou a dublagem em espanhol por manter fidelidade ao original e proximidade com o público local.
A recepção do público também foi marcada por forte emoção. A brasileira Marina Damalos relatou ter se comovido com a relação entre Nezha e sua mãe, dizendo ter sentido uma conexão profunda com os valores familiares retratados. O sucesso do filme, segundo o cineasta brasileiro João Amorim, confirma a maturidade da animação chinesa. Para ele, Nezha 2 supera seu antecessor com uma trama mais complexa e qualidade técnica comparável a estúdios como Pixar e DreamWorks.
Amorim observa que o filme reflete uma nova fase da indústria cinematográfica chinesa, que se destaca não apenas por competitividade, mas por excelência artística. Combinando mitologia ancestral, inovação tecnológica e uma mensagem universal sobre coragem e persistência, Nezha 2 consolida a animação chinesa como uma força global.

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