O estudo de acompanhamento de maior duração até hoje sobre a Covid-19 mostrou que, dois anos após a infecção, metade dos pacientes que foram internados ainda têm pelo menos um sintoma.
A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira, na revista Lancet Respiratory Medicine, com a parceria de pesquisadores do Hospital da Amizade China-Japão, da Academia Chinesa de Ciências Médicas, da Faculdade de Medicina da União de Pequim e da Escola de Medicina da Universidade Tsinghua.
Os cientistas avaliaram a saúde de quase 1,2 mil participantes com Covid-19 aguda e tratados no Hospital Jinyintan em Wuhan entre 7 de janeiro e 29 de maio de 2020, em três períodos após terem recebido alta hospitalar: depois de seis meses, 12 meses e dois anos.
O grupo, com idade média de 57 anos, foi avaliado em um teste de caminhada de seis minutos, testes de laboratório e questionários sobre sintomas, saúde mental, qualidade de vida relacionada à saúde, se eles tivessem voltado ao trabalho, além dos cuidados com a saúde após a alta.
O estudo mostrou que seis meses após alta, 68% deles relataram pelo menos um sintoma prolongado de Covid-19, e dois anos mais tarde, 55% deles reportaram sintomas, entre os quais fadiga, fraqueza muscular e dificuldades para dormir.
Além disso, suas queixas incluíam dores nas articulações, palpitações, tonturas, dores de cabeça e ansiedade ou depressão, de acordo com o estudo.
Sem Comentários ainda!