Geleiras da China têm derretimento constante graças ao aquecimento global

Segundo um relatório feito em conjunto entre o Greenpeace e a Academia Chinesa de Ciências, 18% da área total das geleiras derreteu entre 1950 e 2018

 

O derretimento das geleiras causado pelo aumento da temperatura mundial vem sendo um problema para a China. Segundo um relatório realizado em conjunto pelo Greenpeace e a Academia Chinesa de Ciências (ACC), que teve como autor principal o pesquisador Shen Yongping, 82,2% das geleiras chinesas estão diminuindo, sendo que 18% de sua área total foi reduzida desde a década de 1950.

Entre os meses de junho e setembro, Shan e sua equipe realizaram pesquisas nas cinco principais geleiras da China e a conclusão a que chegaram foi a de que o derretimento já é a “nova normalidade”.  Para ele, o caso mais chocante é o da geleira n°1 de Urumqi na Região Autônoma de Uigur de Xinjiang, que é uma importante fonte de água para os moradores da área. Ela vem diminuindo desde 1959, quando suas observações tiveram início, sendo que em 2001 sua área era de 1,71 km²; em 2008, 1,59 km² e em 2018, 1,51 km².

Uma geleira que tem tido um destino semelhante é a n° 12 de Laohugou, na província de Gansu. Maior geleira do vale nas Montanhas de Qilian, ela vem derretendo desde 1990, e a sua parte inferior foi reduzida em 30,95 m entre 2015 e 2017, segundo Qin Xiang, outro especialista da ACC.

“O desaparecimento de geleiras agrava a crise da água e causa inundações, avalanches e explosões do lago de geleira. O impacto afeta o uso sustentável de recursos hídricos e agrava os desastres naturais”, explicou Shen.

Tanto o governo central chinês quanto as autoridades locais estão criando contramedidas, que vão desde um aumento das observações e pesquisas científicas até proibição de viagens a geleiras e comportamentos que possam ser prejudiciais ao ecossistema delas. “O derretimento das geleiras é um desafio mundial. Precisamos fazer esforços conjuntos para controlar a tendência do aquecimento global”, afirmou Shen.

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