As exportações brasileiras de minerais estratégicos para a China tiveram forte crescimento no primeiro trimestre de 2025, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). O destaque foi o cobre, cujas vendas chegaram a US$ 331 milhões — um salto de 180% em relação ao mesmo período de 2024. A China foi responsável por absorver 35% do total exportado pelo Brasil.
Outros minerais usados em tecnologias limpas também registraram aumentos expressivos: manganês (310%), ferroníquel (253%), ligas de cobre (56%), produtos de nióbio (35%) e ferronióbio (13%). As exportações de compostos de terras raras, como escândio e ítrio, somaram 419 toneladas — sete vezes mais do que em todo o ano de 2024.
No setor industrial, os destaques foram as vendas de válvulas e torneiras, que cresceram quase 13 vezes (US$ 35 milhões), e de aparelhos mecânicos, que saltaram quase 100 vezes, chegando a US$ 23 milhões.
Nas importações, a compra de uma plataforma de petróleo chinesa em fevereiro impactou temporariamente o ranking. Também se destacaram os recordes na importação de painéis solares (alta de 13%) e fertilizantes de fósforo e nitrogênio, que cresceram 625%, atingindo 265 mil toneladas — o maior volume já registrado para um primeiro trimestre.
Apesar do avanço em setores estratégicos, as exportações totais brasileiras para a China somaram US$ 19,8 bilhões, com queda de 13,4% em relação a 2024 — a primeira retração para o período desde 2015. Já as importações cresceram 35%, alcançando US$ 19 bilhões. Após um início deficitário, o Brasil fechou o trimestre com superávit de US$ 700 milhões na balança comercial com a China.
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