Especialistas italianos elogiaram os esforços chineses contra o novo coronavírus, ao mesmo tempo em que rejeitaram fala de apresentador de televisão estadunidense que exigiu que China se desculpasse pelo surto.
Na segunda-feira passada, o apresentador da Fox News dos Estados Unidos da América, Jesse Watters, afirmou em transmissão ao vivo que a China deveria “fazer um pedido formal de desculpas” pela epidemia de COVID-19.
No entanto, o fato do país ter relatado primeiramente o surto não necessariamente o torna a origem do vírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a disseminação do coronavírus é uma questão global e que pesquisas para rastrear a origem da doença ainda estão em andamento.
“Acho que temos que ir além da tentação de dar nacionalidade às doenças”, diz Massimo Galli, professor biomédico e chefe da seção de doenças infecciosas do Hospital L. Sacco, em Milão. “Eu estava em uma teleconferência com pesquisadores na China esta manhã e acreditem em mim, eles estão fazendo tudo o que podem para enfrentar esse problema, compartilhando os resultados de pesquisas e estratégias com total transparência”, conta.
Com cerca de 6 mil casos confirmados da COVID-19, a Itália está entre os países mais atingidos fora da China.
Sobre o surto do coronavírus, Gianfranco Gallo, analista de risco político da ABS Securities, resume: “Este é um problema global.”
“O Ebola começou na África, a gripe espanhola foi encontrada pela primeira vez nos Estados Unidos. O próximo pode começar na Europa. O mundo tem que trabalhar juntos para resolver esses problemas globais”, explica.
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