Em novembro de 2024, China e Brasil assinaram um plano de cooperação para alinhar a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) às estratégias brasileiras, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Nova Indústria Brasil. A iniciativa marca uma nova etapa na parceria bilateral, expandindo a cooperação para áreas como infraestrutura, comércio, ciência e cultura.
Segundo Yang Chuqiao, professora da Universidade de Estudos Internacionais de Zhejiang, a sinergia com o PAC prioriza infraestrutura, área estratégica devido aos desafios de conectividade no Brasil. Empresas chinesas, com expertise em tecnologia e sustentabilidade, podem contribuir desde que compreendam melhor as demandas locais. Essa colaboração promete benefícios mútuos e novos avanços em infraestrutura sustentável.
Outro foco é o Programa Rotas de Integração Sul-americana, que prioriza portos, rodovias e aeroportos, como o canal comercial para o Porto de Chancay, facilitando exportações brasileiras para a China. Em 2023, o comércio bilateral atingiu US$ 181,53 bilhões, consolidando a China como o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.
No setor de nova energia, o Plano Nova Indústria Brasil abre oportunidades para veículos chineses ecológicos, enquanto, na área financeira, parcerias estratégicas como os acordos em renminbi (RMB) e empréstimos do Banco de Desenvolvimento da China apoiam projetos sustentáveis no Brasil.
O “Ano da Cultura China-Brasil” em 2026 deve promover maior integração com eventos e intercâmbios. Para Yang, a cooperação reforça a solidariedade entre os países em desenvolvimento e estabelece um modelo de progresso no Sul Global.
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