Entenda como a cerâmica é um vínculo secular entre a China e a França

Troca de experiências no artesanato entre os dois países remonta ao século 18

Myrtille Bouvret, uma designer de cerâmica francesa, postou fotos de uma escultura de porcelana que ela fez recentemente e compartilhou a inspiração criativa com seus fãs no Instagram. Já se passaram seis anos desde que Bouvret concluiu seus estudos na Universidade de Cerâmica de Jingdezhen (JCU), na China, e começou a administrar um estúdio de design na cidade de Limoges, amplamente conhecida por sua porcelana, no sudoeste da França.

Jingdezhen, localizada na província de Jiangxi, no leste da China, se dedica ao artesanato há mais de 1.800 anos. Em 2010, a cidade chinesa se tornou  irmã de Limoges e as porcelanas produzidas em ambos os locais foram são vendidas em toda a Europa. Bouvret está entre os grupos de ceramistas e estudantes estrangeiros que correram para Jingdezhen, depois que um estúdio internacional de cerâmica foi estabelecido em conjunto pela JCU e pela Escola Nacional Superior de Arte de Limoges (ENSA Limoges), em 2011.

Já no século 18, a “fórmula dupla” de caulim – um mineral branco macio nomeado em homenagem à aldeia na China – e o porcelanato foi transmitido de Jingdezhen para a França, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento da indústria de fabricação de porcelana na França.

As trocas de cerâmica entre os dois países são mutuamente benéficas, disse Weng Yanjun, diretor do Museu do Forno Imperial de Jingdezhen, acrescentando que a porcelana esmaltada colorida é um tipo de porcelana que integra o material ocidental e a técnica tradicional chinesa.

Sem Comentários ainda!

Seu endereço de e-mail não será publicado.