China se prepara para liberar tigres siberianos criados em cativeiro

Com apenas 20 espécimes do felino vivendo em estado selvagem no país, centro cria treinamento para ajudá-los a se adaptarem à natureza

Uma das espécies mais ameaçadas do mundo, os tigres siberianos (também conhecidos como tigre de Amur) vivem principalmente no leste da Rússia, nordeste da China e norte da península coreana. Atualmente há menos de 500 espécimes do animal vivendo em estado selvagem, e apenas 20 deles na China. É por essa razão que o maior centro de criação de tigre siberiano do mundo, que fica no nordeste da China, trabalha para, no futuro, liberar os felinos em cativeiro para restaurar a população.

O vice-diretor do centro de pesquisa sobre o felino da Administração Nacional dos Recursos Florestais e Pastos, Jiang Guangshun, afirmou que espera que a espécie selvagem do animal na China chegue naturalmente a 100 até 2050. “Mas isso não é rápido o suficiente para restaurar a população selvagem. Nós planejamos enviar mais animais criados em cativeiro para o ambiente selvagem após o treinamento, para acelerar o processo”.

O programa chinês de recuperação em cativeiro do tigre siberiano teve início em 1986, sendo que naquela época o centro de reprodução do felino, localizado em Hengdaohezi, na província de Heilongjiang, tinha apenas oito tigres. Atualmente o centro já abriga mais de mil, sendo que a quarta geração de felinos criados está crescendo e já estão sendo aplicados métodos rigorosos, como árvores genealógicas de cada animal, para evitar o acasalamento consanguíneo.

Entre 2011 e 2015, o parque ajudou os tigres a procriarem a natureza e agora está selecionando os animais adequados para serem liberados no futuro. “Precisamos ter certeza de que os animais criados podem se reproduzir naturalmente e que seus descendentes consigam sobreviver” afirmou Liu Dan, vice-diretor do centro, explicando que o treinamento ajuda os tigres a se adaptarem à vida selvagem e a promoverem suas habilidades de correr, caçar e se acasalar.

Desde 1998, um projeto de proteção florestal vem melhorado muito os ecossistemas no nordeste da China, criando mais habitats para os tigres, e em 2015, a derrubada comercial de árvores foi proibida na região, possibilitando que mais tigres vivam nessas regiões. Além disso, um parque nacional de 14,6 mil km² para tigres siberianos e leopardos foi aberto em Heilongjiang e na província de Jilin, em julho do ano passado.


Fonte: Xinhua

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