Um satélite de recursos e dois satélites pequenos foram lançados pela China na última quinta-feira (12) a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi. Para o lançamento, foi usado um foguete transportador Longa Marcha-4B, sendo essa a 310ª missão da série desse foguete transportador.
O satélite de recursos ZY-1 02D foi desenvolvido pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, em inglês) e é uma importante parte da infraestrutura chinesa no espaço. Ele irá fornecer dados de observação para a gestão de ativos dos recursos naturais, monitoramento ecológico, prevenção e controle de desastres, proteção ambiental, construção urbana, transporte e gestão de contingência.
Com vida útil prevista de cinco anos, é planejado que o ZY-1 02D forme uma rede com mais satélites no futuro. Ele trabalhará na órbita síncrona solar a 778 km da superfície da Terra. Segundo Li Yifan, gerente do projeto do satélite, ele tem uma câmera de infravermelho próximo com uma largura de cobertura de 115 km, o que permite que ele observe cidades grandes e médias e seja usado para planejamento urbano.
O ZY-1 02D também tem uma câmera hiperespectral de 166 faixas que pode produzir 166 imagens com diferentes faixas de cor simultaneamente. Pelo que Li disse, a lente pode capturar a informação de luz refletida de vários minerais para analisar as composições minerais complicadas e a distribuição. Outra função é observar a concentração de clorofila, transparência da água e concentração total de matéria em suspensão nos lagos para ajudar a monitorar o meio ambiente e prevenir a poluição.
Em relação aos dois satélites pequenos que também foram lançados nesse foguete, um deles pertence à Universidade Normal de Pequim e foi batizado de BNU-1, e o outro pertence a uma companhia de tecnologia espacial privada se Xangai. Ambos têm vida útil prevista de um ano.
O BNU-1, desenvolvido por uma empresa de Shenzhen afiliada à CAST, pesa 16 kg e será usado majoritariamente para monitorar o clima e meio ambiente polar, auxiliando a pesquisa das regiões polares e a mudança climática global. O satélite registra mudanças de gelo marinho, o que pode ajudar a navegação de navios e fazer avaliações de riscos de canais.
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