A China vem intensificando sua política fiscal em 2025 como parte central dos esforços para impulsionar a economia e enfrentar a instabilidade global. Com um orçamento mais arrojado, o país estabeleceu a meta de déficit público em 4% do PIB — o maior nível em anos —, totalizando 5,66 trilhões de yuans (cerca de US$ 786 bilhões).
O plano inclui a emissão de 1,3 trilhão de yuans em títulos especiais do tesouro de longo prazo e 4,4 trilhões de yuans em títulos dos governos locais. Só no primeiro trimestre, a emissão total de títulos do governo central superou 3,3 trilhões de yuans, enquanto os títulos locais ultrapassaram 2,8 trilhões — mais de 80% acima do volume registrado no mesmo período de 2024.
Esses recursos vêm sendo direcionados para estimular o consumo, apoiar setores sob pressão e acelerar investimentos em infraestrutura. Programas nacionais de troca de veículos antigos por modelos mais sustentáveis, por exemplo, dobraram de financiamento e contam com um fundo de 300 bilhões de yuans. Até o fim de abril, mais de 120 milhões de consumidores haviam sido beneficiados, movimentando mais de 720 bilhões de yuans em vendas.
Em paralelo, os investimentos em infraestrutura ganharam novo fôlego. Na cidade de Zhanjiang, na Província de Guangdong, um grande projeto ferroviário recebeu 1,5 bilhão de yuans em títulos especiais. No total, os investimentos em ativos fixos cresceram 4,2% no primeiro trimestre, e os em infraestrutura subiram 5,8%, superando os índices do ano anterior.
Com mais flexibilidade na aplicação dos recursos, analistas preveem nova aceleração nas emissões no segundo trimestre, fortalecendo a resposta chinesa diante dos desafios globais e ampliando o espaço para políticas econômicas futuras.
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