Cientistas chineses identificaram um tipo específico de células da retina e descobriram que a remoção dela pode causar miopia em camundongos em desenvolvimento. As descobertas inspiram potenciais novas estratégias para a intervenção na ametropia, segundo os cientistas.
A miopia é uma condição refratária ocular patológica, causada pelo crescimento ocular anormal ou pelo poder refrativo da mídia ocular que reproduz as imagens visuais formadas em frente à retina, resultando assim em visão turva.
Em 2002, um novo tipo de célula fotossensível foi identificado entre células ganglionares convencionais. Essas células, nomeadas de ipRGCs, podem expressar melanopsina, uma proteína que era anteriormente conhecida por regular os reflexo de luz na pupila e outras respostas não visuais à luz.
O estudo publicado esta semana na revista Science Advances revelou que a remoção direcionada dessas células induz mudanças refrativas míopes. Cientistas da Universidade Fudan, em Xangai, usaram uma imunotoxina para remover seletivamente ipRGCs em uma coorte de camundongos e encontraram entre eles as mudanças refrativas míopes, juntamente com córneas mais íngremes.
Em seguida, eles injetaram um produto químico para ativar seletivamente essas células em camundongos com crescimento ocular. Esses roedores foram significativamente mais perspicazes ou hiperópicos em comparação com seus semelhantes, de acordo com o estudo.
Os pesquisadores disseram que os sinais de melanopsina são um fator importante na progressão da miopia mediada pela IPRGC.
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