Brasil reforça papel estratégico como fornecedor agrícola da China

Soja responde por mais de 60% das exportações brasileiras do setor para o país asiático, que busca ampliar sua segurança alimentar com sustentabilidade

Acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua visita à China, uma expressiva delegação do agronegócio brasileiro reafirmou a importância da parceria entre os dois países. Atualmente, o Brasil é o principal fornecedor de alimentos da China, respondendo por 25% das importações agrícolas do país asiático, segundo o China Daily.

Embora produza grãos como trigo, milho e arroz, a China enfrenta limitações de terras e água, o que a torna altamente dependente da soja importada — produto que lidera as exportações brasileiras para o país, representando mais de 60% do total. Carne, celulose, milho, feijão e gergelim também ganham destaque na pauta exportadora.

A relação entre os dois países é marcada pela complementaridade: enquanto o Brasil supre a crescente demanda chinesa por grãos e proteínas, as importações chinesas fomentam o desenvolvimento rural brasileiro. O desafio comum de alimentar populações numerosas de forma sustentável tem impulsionado a adoção de tecnologias agrícolas nos dois lados.

Entre 1976 e 2024, o Brasil aumentou em sete vezes sua produção de grãos, com apenas o dobro de área cultivada — reflexo direto de avanços em produtividade. A biotecnologia teve papel central nessa transformação: na última safra, as taxas de adoção de culturas geneticamente modificadas atingiram 99% para soja e algodão, e 98% para o milho.

Além de maior eficiência, a tecnologia também contribuiu para reduzir o uso de pesticidas e as emissões de carbono, somando 70,4 milhões de toneladas de CO₂ evitadas — o equivalente ao plantio de mais de 500 milhões de árvores. Esses dados reforçam a sustentabilidade do agronegócio brasileiro e sua relevância no futuro alimentar da China.

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