Brasil quer fortalecer BRICS e promete cúpula “de inflexão” no Rio

Com nova composição e maior ambição, grupo de países emergentes terá cúpula em julho marcada por reformas e busca por mais protagonismo global

À frente da presidência do BRICS neste ano, o Brasil defendeu nesta quarta-feira (5) o fortalecimento institucional do bloco, que vive uma fase de expansão inédita. Em discurso durante o 11º Fórum Parlamentar do BRICS, realizado no Congresso Nacional, o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a diversidade dos países-membros é um trunfo e que o momento pede mais coesão e eficácia no funcionamento do grupo.

“A ampliação do grupo exige mais coesão e efetividade. Os desafios que enfrentamos são complexos e interconectados. Nenhum país pode enfrentá-los sozinho”, afirmou Alckmin, ao destacar o papel estratégico dos parlamentos na articulação das agendas multilaterais.

A cúpula de líderes do BRICS está marcada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, e o governo brasileiro promete que o encontro representará um “ponto de inflexão e ambição renovada” para o bloco. A embaixadora Maria Laura da Rocha, secretária-geral do Itamaraty, afirmou que já foram realizadas 160 reuniões oficiais sob a presidência brasileira, demonstrando o compromisso com uma atuação propositiva e representativa.

Com a recente adesão de países como Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes e Indonésia, o BRICS busca reformar instituições internacionais, defender maior representatividade do Sul Global e incentivar o uso de moedas locais no comércio entre seus membros. Além dos novos integrantes permanentes, o bloco criou neste ano uma nova categoria de países parceiros, incluindo Bolívia, Cazaquistão e Nigéria, entre outros.

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